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Após deixar diretoria da Apex, Letícia Catelani diz ter ‘pagado o preço’ por ‘combater a corrupção’

Reprodução/Instagram

A ex-diretora da Agência de Promoção à Exportação (Apex) Letícia Catelani, destituída do cargo na segunda-feira (6) pelo novo presidente da agência, o militar Sérgio Segóvia, disse em suas redes sociais que sofreu pressão do governo de Jair Bolsonaro pela manutenção de «contratos espúrios» e que agora «paga o preço» por ter combatido a corrupção.

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«Combati incansavelmente a corrupção e fechei as torneiras que a alimentavam», escreveu Letícia em seu Twitter. «Estou pagando o preço. Sofri pressão de dentro do governo pela manutenção de contratos espúrios, além de ameaças e difamações. Não me intimidei! Gratidão pelo apoio e o movimento.»

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Ela e outro diretor, Márcio Coimbra, também demitido, são nomes que tinham sido indicados pelo chanceler Ernesto Araújo. Desde janeiro, a Apex se tornou um dos principais focos de embate entre «olavistas» – seguidores do escritor Olavo de Carvalho, como o chanceler – e militares, com embates, principalmente, entre Letícia e os dois últimos presidentes. O próprio Olavo de Carvalho está em atrito público com militares ligados ao governo.

No comando da Apex, Segóvia é contra-almirante na Marinha e atuou em diversas áreas do órgão. Em nota, a agência informou que, «na área de comércio exterior, foi responsável pelos processos de logística e de aquisição internacional, quando encarregado do grupo de recebimento de navio no estrangeiro. É fluente nos idiomas inglês e espanhol».

A Apex informou também que os nomes que vão substituir os cargos nas diretorias vão ser divulgados em breve, indicados pelo Conselho Deliberativo Administrativo. Segovia é o terceiro presidente do órgão desde que Bolsonaro assumiu a presidência da República.

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