A epidemia de ebola na República Democrática do Congo já deixou mais de mil mortos desde agosto passado, segundo balanço divulgado nesta sexta-feira (3) pelo ministro da Saúde do país africano, Oly Ilunga.
Em entrevista à Associated Press, Ilunga disse que a emergência, com epicentro em Katwa, no centro da RDC, fez 1.008 vítimas até o momento. O vírus é considerado endêmico na República Democrática do Congo, o segundo maior país da África, e é altamente contagioso.
Essa é a maior epidemia de ebola no continente desde aquela registrada entre 2014 e 2016, que matou 11,3 mil pessoas, sobretudo na Libéria, na Guiné e em Serra Leoa. A situação se agravou em função dos recorrentes ataques contra centros de tratamento, o que forçou organizações humanitárias a interromperem seu trabalho.
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Uma epidemiologista da Organização Mundial da Saúde (OMS) foi assassinada em abril durante um ataque contra um hospital em Butembo, cidade vizinha a Katwa. A região é repleta de milícias rebeldes, e boa parte da população vê os tratamentos contra o ebola com descrença.
Muitas pessoas preferem ficar em casa ao invés de buscar um posto de saúde, o que potencializa a capacidade de contágio do vírus. Alguns residentes que vivem no epicentro da epidemia também acreditam que o ebola seja uma «arma política».
Os moradores da região foram impedidos de participar das eleições presidenciais de janeiro. A OMS está usando a RDC para testar uma vacina experimental contra a doença, mas apenas 109 mil pessoas foram imunizadas até o momento, em um país de cerca de 80 milhões de habitantes.