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Cresce o número de brasileiros que buscam intercâmbio no exterior; veja dicas para estudar fora

Uma pesquisa da Belta (Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio), realizada no início de abril, apontou um crescimento no número de brasileiros que procuram complementar sua formação no exterior. Entre 2017 e 2018, houve um aumento de 20,5% entre estudantes embarcando em um intercâmbio. Em números absolutos: de 302 mil para 365 mil pessoas, de todas as idades.

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Os destinos mais procurados seguem sendo Canadá, Estados Unidos, Reino Unido, Irlanda e Austrália. Contudo, uma novidade surge logo na sequência: a República de Malta passou a figurar em sexto lugar da lista. Esta é a primeira vez em que o pequeno arquipélago, localizado ao sul da Itália, aparece entre os mais buscados.

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«Essa atração está ligada ao fato de que Malta tem praias, um clima sempre agradável e céu azul mesmo no inverno. Isso chama a atenção dos brasileiros», explica Juliana Vital, CEO da Vital Intercâmbios.

Ela também destaca uma vantagem que Malta e Irlanda têm em comum: ambos são países em que os estudantes também podem trabalhar. «Malta está se abrindo agora, mas na Irlanda você pode estudar inglês e trabalhar 20h por semana, sem precisar aplicar antes de sair do Brasil», diz.

Outro fator que pode complicar na hora do intercâmbio é a comprovação de renda. «Na Austrália, é preciso ter, no mínimo, R$ 30 mil parado na conta, por 90 dias», exemplifica Vital. Mas nesses países, a burocracia é reduzida, aumentando ainda mais a atração.

Perfil dos intercambistas

A Belta também apontou uma leve alteração no perfil de quem busca o intercâmbio, com aumento de pessoas mais velhas. «Cerca de 90% de quem nos procura já está formado e conta com alguns anos de carreira. A maioria está entre 25 e 45 anos de idade», conta a CEO.

A pesquisa ainda revelou que 60% dos intercambistas são mulheres e que a maioria delas prefere viajar sozinha. Já entre os jovens, a diferença vem com o crescimento dos intercambistas esportivos, com aumento de 20% nesse perfil.

E mesmo quem não fala outro idioma pode viajar para fora do país. «Na Irlanda, o curso de idiomas é o mais procurado, já que 70% dos intercambistas que vem para cá não falam inglês», diz.

Dicas

«Mais importante que ter o dinheiro necessário, é preciso estar disposto a sair da zona de conforto e se deparar com situações adversas. Nem sempre o intercambista vai conseguir trabalhar em empresas fora do Brasil e pode se deparar com o subemprego», explica Vital.

Uma vez consolidado o desejo, é hora de se preparar. «Canadá, Estados Unidos, Irlanda, para qualquer um dos destinos é preciso ter guardado, em conta bancária, pelo menos de R$ 30 mil a 40 mil», diz. A partir daí, é preciso ficar ligado na legislação de cada país. Com essas duas coisas em mente, tudo fica mais fácil.

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