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SP tenta adequações um ano após desabamento no largo do Paissandu

O último feriado de 1º de Maio em São Paulo não teve a tranquilidade nem a comemoração que se espera de um dia festivo. Foi nesta data, que completa um ano amanhã, que um incêndio seguido por desabamento destruiu o edifício Wilton Paes de Almeida, no largo do Paissandu, no centro, matando sete pessoas e deixando quase 300 famílias desabrigadas, além de duas pessoas desaparecidas.

O prédio de 24 andares – que “nasceu” luxuoso em 1961, era tombado desde 1992 e atualmente pertence à União – estava abandonado e ocupado por sem-tetos, embora não oferecesse condições mínimas de moradia.

Após a tragédia, a Prefeitura de São Paulo iniciou uma série de vistorias em 75 imóveis, sendo 51 ocupações. Desde então, segundo o governo, quatro foram interditadas e três desocupadas por ordem da Justiça, mas parte já foi ocupada novamente. Destas áreas, 16 são públicas, para as quais em 11 há projeto de intervenção para transformação em moradia ou equipamento público, e 35 privadas.

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“Estamos agora na segunda etapa [que termina em 90 dias], refazendo as vistorias para verificar se as medidas de segurança para garantir as condições mínimas de habitação foram tomadas. Os prédios que não se adequarem podem ser interditados ou desocupados”, afirmou ao Metro Jornal o secretário de Habitação, Aloísio Pinheiro.

As 291 famílias que moravam no Paissandu deixam de receber em maio auxílio-aluguel de R$ 400 do estado. A prefeitura promete manter os pagamentos até que as famílias recebam moradia definitiva – 242 já se recadastraram.

Mas o desafio vai muito além: o déficit habitacional da cidade é de 474 mil moradias. Nos últimos dois anos, a prefeitura entregou 4,9 mil habitações e promete mais 25 mil até o fim de 2020.

A Secretaria de Estado da Segurança Pública informou que a polícia concluiu as investigações e responsabilizou três coordenadores do movimento por incêndio qualificado – que começou provavelmente após curto-circuito na energia elétrica, que vinha de “gato”. Parcialmente destruída, a igreja luterana ao lado está sendo reformada.  

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