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Papa pede para jovens se libertarem da droga ‘celular’

Alessandro Bianchi/Reuters (ALESSANDRO BIANCHI/REUTRERS)

O papa Francisco fez um apelo neste sábado(13) para os jovens não terem medo do silêncio e se libertarem da dependência de seus telefones celulares, que é «como uma droga».

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O pedido foi feito durante discurso aos estudantes do instituto público Ennio Quirino Visconti de Roma, na Sala Nervi, por ocasião do Ano do Jubileu Aloísio. «Libertem-se da dependência do celular! Por favor!», apelou o Pontífice ressaltando que hoje em dia «os celulares são de grande ajuda, são um grande progresso, e é preciso usá-los, mas quem se transforma em escravo do telefone perde a sua liberdade».

«Não tenha medo do silêncio, de estar sozinho, de escrever seu próprio diário. Não tenha medo das dificuldades e secura que o silêncio pode trazer. O silêncio pode ser entediante, mas livrem-se do vício do celular», afirmou.

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Francisco ainda explicou que o «telefone celular é uma droga» que «pode reduzir a comunicação a simples contatos». No entanto, para ele, a vida não é entrar em contato, é comunicar». Durante seu discurso, o líder da Igreja Católica também pediu para os jovens não sentirem medo da diversidade porque o contato com diferentes culturas é enriquecedor.

«Por favor, não tenham medo da diversidade. O diálogo entre diferentes culturas enriquece o país, enriquece a pátria e nos faz olhar para uma terra para todos, não apenas para alguns», disse o Pontífice aos estudantes.

Além disso, o argentino recomendou que todos lutem contra o bullying na escola, que é praticamente uma «guerra». Jorge Bergoglio lamentou o assédio escolar e disse que «dói» ver quando existe esse tipo de agressão em um colégio.

Entre os conselhos, o Papa alertou que durante a vida afetiva existem duas dimensões necessárias: «a felicidade e o pudor».

«Amar com vergonha, não descaradamente e permanecer fiel no amor. O amor não é um jogo, é a coisa mais linda que Deus nos deu. Não o sujem com a imprudência da falta de pudor», ressaltou.

Para o Santo Padre, é necessário «amar com clareza, com grandeza, amar com o coração dilatado, a cada dia», e ser fiel, porque a «fidelidade, juntamente com o respeito pelos outros, é uma dimensão essencial de todo relacionamento amoroso verdadeiro, já que não se pode brincar com os sentimentos».

Por fim, Francisco aconselhou que amar não é apenas uma expressão do vínculo afetivo de um casal, mas também pelo compromisso de solidariedade com o próximo, especialmente com os mais pobres. «O amor ao próximo se alimenta de fantasia e sempre vai além: além das paredes, além das diferenças, além dos obstáculos», acrescentou. Em seu último pedido, o religioso clamou para que todos os adolescentes jamais deixem de «sonhar grande» e de «desejar um mundo melhor» para todas as pessoas do planeta.

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