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Prefeitura de São Paulo aprova tombamento de três escolas e duas bibliotecas

A Prefeitura de São Paulo homologou nesta quarta-feira, 10, o tombamento de três escolas e duas bibliotecas públicas da capital paulista. As instituições foram erguidas entre os anos 40 e 60. A gestão municipal também oficializou, em março, a preservação de três projetos do arquiteto modernista Hans Broos.

Os tombamentos foram aprovados, por unanimidade, durante reunião do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp) em março de 2018. No caso das escolas e bibliotecas, não há área envoltória.

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A decisão abarca as seguintes instituições educacionais: Escola Estadual Pandiá Calógeras e Biblioteca Pública Municipal Adelpha Figueiredo, ambas na Mooca, na zona leste da capital; Escola Estadual Brasílio Machado, na Vila Mariana, zona sul; Escola Municipal de Educação Bilíngue para Surdos Helen Keller, na Sé, região central; e Biblioteca Pública Municipal Roberto Santos (antiga Biblioteca Ministro Genésio de Almeida Moura), no Ipiranga, zona sul.

Os processos de tombamento das escolas e bibliotecas foram abertos em 2004 e 2015, após serem indicados como Zonas Especiais de Preservação Cultural (Zepec) durante discussões de zoneamento.

O projeto das escolas é inspirado no trabalho do educador Anísio Teixeira. «Considerando o valor arquitetônico individual das escolas e bibliotecas aqui estudadas como representações dessa importante produção arquitetônica no contexto do ensino público na cidade de São Paulo, cuja concepção formal explora o repertório da arquitetura moderna brasileira», diz a resolução de tombamento.

O tombamento protege as características externas e internas dos imóveis, incluindo jardins, quadras e áreas de recreação. Com a decisão, obras de reforma e restauro precisarão passar por prévia autorização do Conpresp.

Obras reconhecidas

A gestão municipal também homologou o tombamento de três projetos do arquiteto Hans Broos no dia 29 de março. A decisão recai sobre a Igreja de São Bonifácio, na Vila Mariana, a casa-escritório do arquiteto, na Fazenda Morumbi, zona sul, e a Abadia de Santa Maria, no Tucuruvi, zona norte.

As obras foram construídas nas décadas de 60 e 70. Morto em 2011, o arquiteto nasceu na Áustria, mas residiu grande parte da vida no Brasil.

A resolução de tombamento ressalta o «reconhecimento acadêmico e historiográfico» dos três projetos. A casa-escritório ainda tem painéis escultóricos e paisagismo de Roberto Burle Marx, que também criou um painel para a abadia. No caso da igreja, Broos fez parceria com o artista plástico Claudio Pastro, responsável pelas pinturas das paredes.

Fundada em 1911 e na sede atual desde 1974, a abadia foi a primeira organização feminina ligada à ordem de São Bento no continente americano. Já a Igreja de São Bonifácio é reconhecida por ser um centro paroquial católico da comunidade alemã de São Paulo.

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