Durante balanço do primeiro trimestre de sua gestão, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse ontem que os contratos de concessão de rodovias que vencerem durante seu governo serão renovados, e não licitados novamente.
“Nós vamos com isso reduzir o valor do pedágio”, afirmou. De acordo com Doria, a medida é legal e pode ser tomada quando for “de interesse do estado”.
Consultada, a Artesp (agência que regula as concessões de transportes do estado), disse que nesse período vencem as concessões da ViaOeste, que administra o sistema Castello-Raposo, Triângulo do Sol, trechos das rodovias SP-310 (Washington Luís), SP-333 e SP-326, e da Renovias, que administra trechos das rodovias SP-215, SP-340, SP-342, SP-344 e SP-350. Os contratos de Autovias e Centrovias também vencem nesse período, mas os trechos que elas administram foram incluídos em outros lotes que foram ou serão licitados.
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O tucano disse ainda que serão criados dois novos formatos de pedágio: a tarifa ponto a ponto, que permite ao usuário que pague apenas pelo trecho de rodovia que usar, e a flexível, que vai permitir, por exemplo, cobrança de valor menor em horários de fluxo leve, como das 22h às 6h.
Críticas
Na entrevista, Doria disse que herdou “déficit orçamentário de R$ 10,5 bilhões do governo que nos antecedeu”, referindo-se à gestão de Márcio França (PSB).
Ex-secretário de Planejamento de França, Maurício Juvenal disse que a gestão anterior deixou R$ 27 bilhões no caixa. Ele disse que a expressão déficit orçamentário em início de governo tecnicamente não existe. “Você pode falar em outubro, dezembro, que houve frustração na receita.”
Verba para museu chega a R$ 120 mi
João Doria (PSDB) disse ontem que dez empresas já aceitaram financiar a reforma do Museu do Ipiranga, totalizando R$ 120 milhões em verba. Ele não detalhou as empresas nem como se dará o financiamento.
O valor, segundo Doria, é suficiente para a reforma do prédio, mas ainda são buscados R$ 40 milhões para a recuperação e reforma do jardim e do entorno.