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Justiça torna Michel Temer, Moreira Franco e mais 12 réus na Lava Jato do Rio

A Justiça do Rio de Janeiro tornou o ex-presidente Michel Temer (MDB), o ex-ministro Moreira Franco e outras doze pessoas réus nesta terça-feira (2). A ação é referente à denúncia de desvios na estatal Eletronuclear. A denúncia, feita pelo MPF (Ministério Público Federal) na sexta-feira (29), foi aceita pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Estado.

No dia 21 de março, Bretas expediu mandados de prisão preventiva para Temer e Franco, além de outros nomes que também se tornaram réus em sua resolução divulgada nesta terça. O ex-presidente ficou quatro dias preso, sendo solto na segunda-feira da semana passada, dia 25.

Veja lista de indiciados e os respectivos crimes que irão responder:

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  1. Réus por peculato e lavagem de dinheiro:
    Michel Temer, ex-presidente
    João Baptista Lima Filho (Coronel Lima), amigo de Temer e dono da Argeplan
    Othon Luiz Pinheiro da Silva, ex-Presidente da Eletronuclear
    Maria Rita Fratezi, arquiteta e mulher do coronel Lima
    José Antunes Sobrinho, proprietário da Engevix
    Carlos Alberto Costa, sócio do coronel Lima na Argeplan
    Carlos Alberto Costa Filho, diretor da Argeplan
    Vanderlei de Natale, sócio da Construbase
    Carlos Alberto Montenegro Gallo, administrador da empresa CG IMPEX
    Carlos Jorge Zimmermann, representante da empresa finlandesa-sueca AF Consult
    Ana Cristina da Silva Toniolo, filha de Othon Luiz Pinheiro da Silva
    Ana Luiza Barbosa da Silva Bolognani, filha de Othon Luiz Pinheiro da Silva
  2. Réus por corrupção e lavagem de dinheiro:
    Michel Temer, ex-presidente
    Moreira Franco, ex-ministro e ex-governador do Rio
    João Baptista Lima Filho (Coronel Lima), amigo de Temer e dono da Argeplan
    Othon Luiz Pinheiro da Silva, ex-Presidente da Eletronuclear
    Maria Rita Fratezi, arquiteta e mulher do coronel Lima
    José Antunes Sobrinho, proprietário da Engevix
    Carlos Alberto Costa, sócio do coronel Lima na Argeplan
    Rodrigo Castro Alves Neves, responsável pela Alumi Publicidades

A denúncia sobre peculato e lavagem de dinheiro trata de investigações que apontam um desvio de ao menos R$ 18 milhões da verba para as obras da usina nuclear de Angra 3. Já a ação de corrupção e lavagem de dinheiro investiga pagamentos de propinas de cerca de R$ 1,1 milhão.

Em nota, a defesa de Michel Temer afirmou que as acusações não possuem fundamento sério e se baseiam em suposições e palavras de delatores. Já os advogados de Moreira Franco disseram que as acusações contra o ex-ministro serão afastadas durante o processo.

Nova denúncia

Michel Temer e sua filha, Maristela Temer, foram denunciados pelo MPF em São Paulo também nesta terça-feira (2). Eles irão responder por lavagem de dinheiro, agravado por prática de associação criminosa.

Responderão pelos mesmos crimes o Coronel Lima e sua esposa, Maria Rita Fratezi. Segundo a força-tarefa da operação Lava Jato, Maristela Temer teria tido uma reforma de sua casa financiada com dinheiro desviado das obras da usina nuclear de Angra 3.

A investigação é um desdobramento do inquérito dos portos, revelado quando Temer ainda era presidente, e que apurava um favorecimento de empresas do setor portuário com a edição de um decreto.

As obras teriam ocorrido em 2014 em uma casa de 350 metros quadrados no Alto de Pinheiros, bairro luxuoso da zona oeste de São Paulo. Em maio de 2017, a Polícia Federal encontrou documentos que indicavam que os pagamentos pela reforma, que custou cerca de R$ 1,6 milhão, foram feitos por Maria Rita.

Na época, Maristela Temer afirmou que teve ajuda financeira da mãe e fez um empréstimo bancário. Ela negou envolvimento do pai.

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