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Equipes do Samu fazem paralisação parcial nesta segunda; entenda

Categoria participou de audiência pública semana passada Divulgaçãp/Sindsep

As equipes do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) da capital prometem fazer paralisação parcial nesta segunda-feira (1º), a partir das 12h, e se reunir às 14h em assembleia que pode determinar o início de uma greve da categoria.

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Os funcionários são contra as medidas de reorganização do serviço que vêm sendo implementadas pela Prefeitura de São Paulo.

De acordo com o Sindsep (Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município de São Paulo), o governo publicou em 23 de fevereiro portaria que prevê o fechamento de 31 bases do Samu, e está transferindo os funcionários e as ambulâncias para outras unidades de saúde.

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“Algumas das mudanças já foram efetivadas e outras ainda estão em curso. Tem funcionário que nem sabe onde deve se apresentar”, afirmou o vice-presidente do Sindsep, João Gabriel Buonavita.

Segundo o sindicato, a medida está criando “vazios assistenciais na cidade”, pois tem deixado as equipes mais distantes do local onde foram originalmente planejadas. Em consequência, isso pode fazer com que as ambulâncias demorem mais para chegar no endereço em que foi solicitado o socorro médico.

“Nosso movimento é pela revogação imediata desta portaria, que coloca em risco a saúde da população. Por isso, podemos decretar greve por tempo indeterminado”, disse Buonavita.

Movimento

A paralisação a partir das 12h de hoje será parcial, e ao menos 30% das equipes continuarão a trabalhar. Os casos de emergência avançada serão priorizados, de acordo com o Sindsep. A assembleia das 14h será realizada no auditório do Simesp (Sindicato dos Médicos de São Paulo), na rua Maria Paula, no centro.

Prefeitura diz que ato é ilegal

A Prefeitura de São Paulo afirmou domingo (31), em nota, que considera a “paralisação ilegal”, e que já “tomou as medidas jurídicas cabíveis e não medirá esforços para responsabilizar o sindicato e eventuais grevistas por qualquer dano causado à sociedade” em função do anunciado para esta segunda.

Segundo o governo municipal, o plano de descentralização irá ampliar as atuais 58 bases para 78, aproximando as ambulâncias e equipes de socorro dos locais de ocorrência e diminuindo o tempo de resposta aos chamados, ao contrário do que o sindicato tem informado.

A desativação das 31 bases modulares só será realizada com a transferência das equipes e pleno funcionamento da base integrada que a substituiu, segundo a prefeitura.

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