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USP pode deixar gestão do Museu do Ipiranga

Além de projetar iniciar neste ano as obras de reforma e restauração para reabrir o Museu do Ipiranga, na zona sul, o governo do estado e a USP (Universidade de São Paulo) estudam alterar o modelo de gestão do espaço.

Batizado oficialmente de Museu Paulista, o equipamento está fechado ao público desde 2013 e deve voltar a funcionar só em 2022, no aniversário de 200 anos da Independência do Brasil.

A universidade, que administra o museu desde 1963 – o espaço é de 1895 – informou que criou grupo de trabalho para discutir modelos que “garantam a excelência acadêmica com a agilidade necessária para a gestão de um museu moderno”. O objetivo é “adotar o modelo mais adequado à realidade nacional e que atenda às exigências da instituição”.

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A USP vem passando por crise financeira nos últimos anos, que tem reduzido seu poder de investimento.

O governador João Doria (PSDB) e o reitor Vahan Agopyan se reuniram quatro vezes neste ano para tratar do museu do Ipiranga.

A secretaria estadual de Cultura e Economia Criativa confirmou que discute um novo modelo de gestão com a USP, mas que a prioridade neste momento é “adiantar a entrega das reformas”.

A pasta deve apresentar o projeto do novo Museu do Ipiranga em evento na próxima terça-feira. A falta de conservação do prédio está evidenciada em marcas de infiltração, no revestimento que está se desfazendo e na vegetação que cresce pelo concreto.

As obras da reforma interna e para construção de subsolo com a nova entrada pelo parque Independência – área verde onde o museu está instalado, que é administrada pela prefeitura –  custarão R$ 120 milhões.

Outros R$ 40 milhões serão investidos em “mobiliário, revestimento, equipamentos e sinalização”.

A ideia é bancar a obra com verba de patrocinadores privados, pela Lei Rouanet, em quatro etapas, de dezembro de 2019 a dezembro de 2022. Até aqui  foram angariados R$ 12 milhões.

Fechado ao público há seis anos, o acervo com mais de 450 mil itens do museu está sendo transferido para outros imóveis.

Mato manda no parque Independência

Além do museu fechado, o frequentador do parque Independência tem tido outra frustração: a falta de conservação do espaço. O Metro Jornal esteve no local ontem e encontrou mato alto em diversos pontos, sobretudo ao redor do Monumento à Independência. A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente da prefeitura informou que a roçagem já foi iniciada e será concluída em duas semanas.  

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