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Ministro do STF pede reforço da polícia para inquérito

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Responsável pelo inquérito que apura ataques ao Judiciário, o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), afirmou que “podem espernear”, mas as investigações irão prosseguir.

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Ontem, o ministro pediu reforço na apuração. Um delegado da Polícia Federal e um da Polícia Civil de São Paulo serão designados para auxiliar o ministro em diligências que serão feitas nos próximos dias. O inquérito corre em sigilo.

“Vai ser possível verificar se são ataques esparsos [ou não]. Há ataques que pregam dar um tiro na cabeça de ministro do Supremo (…) A gente não pode permitir, num país democrático, que, porque você não gosta de uma decisão, prega o fechamento de uma instituição republicana, prega a morte de ministros, de familiares. Isso extrapola a liberdade de expressão”, sustentou.

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A investigação foi aberta a pedido do presidente do STF, Dias Toffoli, e teria origem em ameaças feitas a familiares de ministros. As críticas feitas por integrantes da força-tarefa da Lava Jato também são alvos.

Lava Toga

Com o apoio de 29 dos 81 senadores, o senador Alessandro Vieira (PPS-SE) pediu ontem a criação da CPI para investigar eventuais crimes e eventuais abusos cometidos na atuação de ministros de tribunais superiores.

Batizada de Lava Toga, a comissão deve ter o pedido lido em plenário, mas para se viabilizar depende do aval do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que já se posicionou contra. “Não vejo nesse momento uma CPI do Judiciário e dos tribunais superiores. Não vai fazer bem para o Brasil”, disse ao programa Roda Viva, da “TV Cultura”.

É a segunda tentativa de criar a CPI. Em fevereiro, três senadores retiraram as assinaturas e inviabilizaram o colegiado.  

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