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Massacre de Suzano: policia descobre terceiro envolvido no ataque

O delegado-geral da Polícia Civil, Ruy Ferraz Fontes, disse ontem que dados coletados na investigação indicam a participação de terceiro jovem no massacre ocorrido anteontem na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo. Cinco estudantes, duas coordenadoras e um empresário foram mortos pelos ex-alunos Guilherme Taucci Monteiro, 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, 25. A dupla se matou depois.

De acordo com Fontes, o terceiro jovem também é ex-aluno da escola e não estava no momento do crime, mas planejou a ação com Guilherme, considerado o líder. “A apreensão do adolescente foi sugerida ao Juízo da Infância e da Juventude. E o material relacionado à participação dele já está no inquérito.”

Os jovens começaram a comprar pela internet os objetos que utilizaram no ataque em novembro do ano passado. Eles tinham um revólver, machados, flechas, uma besta (arco e flecha com gatilho), coquetel molotov, fios e munição.

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A arma teria sido adquirida de um traficante da cidade vizinha de Mogi das Cruzes, de acordo com a TV Globo. A reportagem diz que o pagamento foi feito com o dinheiro que Guilherme furtou da loja de carros do tio – onde chegou a trabalhar, mas foi demitido quando os delitos foram descobertos. O tio é o empresário assassinado pelos jovens antes do massacre na escola.

Columbine e ‘deep web’

Para Fontes, os atiradores não foram movidos por serem vítimas de bullying e teriam copiado o massacre de Columbine, no EUA, quando dois ex-alunos mataram 12 pessoas e se mataram em seguida, em 1999. “A motivação tem caráter pessoal, por reconhecimento na comunidade”.

Para o delegado-geral, ainda não há como afirmar que os assassinos usavam a “deep web”. O tema é investigado pelo Ministério Público de São Paulo. “Há indícios de que os adolescentes participavam de grupos de ‘deep web’, o que pode ser chamado de terrorismo doméstico. Se houver trabalho organizado, é preciso investigar e ter prevenção severa”, disse ontem o procurador-geral de Justiça, Gianpaolo Smanio, ao Brasil Urgente, da Band.  

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