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Julgamento da morte do menino Bernardo deve terminar na sexta; seis testemunhas depõem nesta quarta

O julgamento dos quatro réus acusados de matar o menino Bernardo Boldrini chega nesta quarta-feira (13) ao seu terceiro dia. A expectativa é de que sejam ouvidas as seis testemunhas restantes. De acordo com o Tribunal de Justiça, o julgamento deve terminar na sexta-feira.

Na segunda (11), duas delegadas responsáveis pelo caso responderam perguntas da juíza, da acusação e das defesas dos réus. Já na terça (12), três testemunhas convocadas pela acusação foram as primeiras ouvidas no julgamento, que iniciou às 9h e terminou às 18h30.

A primeira testemunha, Juçara Petry, que era vizinha de Leandro Boldrini, pai de Bernardo, costumava receber o menino em casa. Ela respondeu sobre o sentimento de Leandro por Bernardo. “Quem não dá roupa, não dá comida, não tem amor, né?”. Ainda se emocionou ao lembrar de quando o menino confessou errar a tabuada para que o marido dela continuasse a ensiná-lo para não voltar para casa.

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A segunda testemunha foi a psicóloga do menino, Ariane Schmitt. De acordo com ela, o pai exercia uma autoridade com violência, com certo sadismo. A terceira ouvida, Andressa Wagner, era secretária de Leandro. De acordo com ela, Graciele Ugulini, madrasta do menino, disse que não o aguentava mais e que tinha dinheiro para “dar um fim” nele.

A depoente seguinte deu início à lista de nove pessoas indicadas pela defesa de Leandro. Lore Heller, a primeira testemunha da defesa, trabalhou na casa de Leandro quando ele ainda era casado com a mãe de Bernardo, Odilaine (que se suicidou em 2010) e afirmou que ele era um bom pai. Outra testemunha, Marlize Henz, funcionária no hospital em que o pai do menino trabalhava, declarou que nunca viu desamor entre os dois.

Leandro é acusado pela Polícia Civil e pelo Ministério Público de ter arquitetado o crime. O inquérito argumenta que ele teria recebido ajuda da mulher e madrasta de Bernardo. Edelvânia Wirganovicz confessou ter recebido dinheiro da amiga para ajudá-la a preparar a cova do menino, e Evandro Wirganovicz teria auxiliado a irmã nesse processo. Os dois também são réus. A previsão é de que o julgamento termine na sexta-feira.

Os procedimentos da primeira sessão foram repetidos: a rua onde fica o Fórum de Três Passos, no noroeste do estado, foi isolada. Jurados e testemunhas foram isolados, e somente poderiam ter contato com suas famílias mediante autorização de um oficial de Justiça.

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