Não é impressão sua. O número de árvores que caíram na cidade nos dois primeiros meses deste ano é muito maior do que no mesmo bimestre do ano passado. Precisamente, 147% maior.
Neste ano, segundo a Defesa Civil, 2.497 árvores foram ao chão em janeiro e fevereiro – uma média de 42,3 por dia. O total do mesmo período de 2018 tinha ficado em 1.007 quedas.
Chuvas seguidas e ventos fortes ajudam a explicar esse aumento. O engenheiro Hassan Barakat, do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), disse ontem ao “Brasil Urgente”, da Band, que essa sequência de dias chuvosos causa um sobrepeso nas árvores que ajuda a deixar a planta mais frágil.
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A pesquisadora Giuliana Del Nero Velasco, do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), disse que duas situações encontradas na cidade têm relação com as quedas: árvores fragilizadas por apodrecimento e ataque de cupins e as que estão totalmente sadias, mas que podem cair porque foram plantadas sem planejamento, com pouco espaço para crescimento.
A Prefeitura de São Paulo também atribuiu parte do aumento às condições climáticas deste ano. A administração municipal disse em nota que o verão deste ano sofre impacto do “El Niño”, que resulta em “pancadas de chuvas bem localizadas e com potencial maior para tempestade e queda de granizo”.
A Secretaria de Subprefeituras informou que realizou a poda de 90 mil árvores no ano passado e a remoção de outras 11,6 mil.
Ontem foi mais um dia com chuvas e árvores no chão. Segundo os bombeiros, foram 130 chamados para essas quedas até as 17h.
Uma delas caiu em cima de uma casa na Brasilândia (zona norte) e quase matou um homem. Os bombeiros reanimaram a vítima e a levaram ao pronto-socorro de Cachoeirinha.