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Moradores de diversos bairros de São Paulo reclamam de falta de energia

Quedas de árvores atingiram cabos de energia Marcel Augusto/Arquivo pessoal

O temporal que atingiu São Paulo entre a noite de segunda (25) e a tarde de terça-feira (26), acompanhado de fortes rajadas de vento, fez com que muitas regiões da cidade ficassem sem energia elétrica. À rádio BandNews FM, ouvintes reclamaram da falta de luz – alguns deles falam em mais de 24 horas com o fornecimento interrompido e sem conseguir contato com a Enel (antiga Eletropaulo).

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A oficial administrativa Sílvia Campos mora na Vila Guilherme, na zona norte da capital. Ela contou que o marido, Júlio, sofre com complicações da Síndrome de Guillain-Barré e precisa de um aparelho elétrico de oxigênio para auxiliar na respiração. Para conseguir manter o equipamento ativo, a família contou com a ajuda de amigos para carregá-lo em outras regiões da cidade.

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Do outro lado de São Paulo, na Vila Progredior, na Zona Sul, o gerente de logística Marcos Okuro também descreveu a dor de cabeça que é ficar muito tempo sem energia. Segundo ele, a luz acabou durante a tarde, quando a chuva já tinha parado. De noite, a maior preocupação foi com o leite armazenado na geladeira para o filho recém-nascido.

Outras reclamações vieram dos mais diferentes pontos da cidade, como Butantã, Tucuruvi, Guaianazes, Penha, Chácara Santo Antônio, Vila Matilde, Pirituba e Jardim Paulista.

Outro lado

A Enel não tem uma previsão para restabelecer a energia na Região Metropolitana de São Paulo. Em entrevista à BandNews FM, o diretor de operações da companhia, Saulo Ramos, justificou que a situação é atípica, com ventos fortes, raios e muitas árvores caídas.

Segundo ele, os prazos não são cumpridos porque toda hora aparece uma nova ocorrência. Saulo Ramos afirma que a Enel está com quase quatro mil pessoas nas ruas para tentar restabelecer o serviço.

O diretor de operações da empresa, que substituiu a Eletropaulo, afirma que vem trabalhando intensamente para melhorar a «assertividade» nos prazos. Ele afirma que, se fosse enterrar toda a rede de São Paulo, a conta de energia poderia aumentar até três vezes.

Outros transtornos

A chuva prejudicou muito mais do que apenas o fornecimento de energia elétrica na capital paulista. Segundo o Corpo de Bombeiros, foram 400 quedas de árvore entre a madrugada e o final da tarde. Levando em consideração os registros de segunda-feira, o número de ocorrências sobe para 665.

Na Alameda Santos, na altura da rua Haddock Lobo, região central da cidade, uma árvore caiu em cima de um homem de 43 anos que foi socorrido com ferimentos leves. No trânsito, houve caos: segundo a CET, às 9h, foram registrados 193 quilômetros de congestionamento em toda a cidade, o segundo maior índice do ano.

A quarta-feira começou com ao menos 84 semáforos sem funcionar em 34 cruzamentos . Entre os problemas estão falha na energia elétrica e falha em equipamento, sendo parte deles também por furto de cabos. A CET diz que esquipes de manutenção foram acionadas para ir aos locais onde há problemas.

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