O papa Francisco celebrou no domingo (24) a missa de encerramento da reunião convocada por ele com bispos do mundo inteiro para discutir o combate à pedofilia e afirmou que esse “fenômeno escandaloso” compromete a “autoridade moral e a credibilidade ética” da Igreja.
A homilia ocorreu no Palácio Apostólico, após três dias de debates, relatos de vítimas e promessas de mais transparência e ação para coibir e punir abusos sexuais dentro do clero.
O papa prometeu que todos os casos de abuso na Igreja serão enfrentados com “máxima seriedade”. Para Francisco, o fenômeno da pedofilia é reflexo do abuso de poder, e a Igreja terá como objetivo “escutar, tutelar, proteger e cuidar” de menores “abusados, explorados e esquecidos”. Jorge Bergoglio mencionou um relatório chamado “Inspire”, da OMS (Organização Mundial da Saúde), que estabelece sete diretrizes para combater esse fenômeno.
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O documento fala em implantar e reforçar as leis; fortalecer normas e valores; criar ambientes seguros para interromper a disseminação da violência; fornecer suporte às famílias das vítimas; dar apoio financeiro a crianças abusadas; oferecer aconselhamento e terapias; e incentivar a educação como programa de prevenção.
Segundo o pontífice, a “desumanidade desse fenômeno em nível mundial se torna ainda mais grave e escandalosa na Igreja, porque está em contraste com sua autoridade moral e sua credibilidade ética”. Defensores de vítimas expressaram profunda decepção, dizendo que Francisco apenas repetiu velhas promessas e ofereceu poucas propostas novas concretas.