Após depoimento na PF (Polícia Federal) de Recife, a defesa da ex-candidata a deputada federal pelo PSL, Maria de Lourdes Paixão, acusada de servir como “laranja” nas eleições de 2018, alegou nesta quarta-feira que o estado de saúde da mãe dela a desmotivou a seguir com sua campanha.
“Ela teve um grande problema, que foi o estado de saúde da mãe dela, que, perto da campanha, ficou em home care na casa dela. Logo depois, a mãe faleceu. E isso a desestimulou”, justificou o advogado de Lourdes, Ademar Rigueira.
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Outro argumento apresentado por Rigueira é que o repasse da legenda para financiar a campanha de Maria de Lourdes teria chegado muito tarde – quatro dias antes das votações– comprometendo o resultado final do pleito, em que obteve só 274 votos.
“O dinheiro só foi liberado em cima da hora e já tinha todo um compromisso de gráfica, de material”, explicou o advogado.
Segundo ele, já havia um “compromisso anterior da liberação desse dinheiro.”
Entenda o caso
Lourdes teria recebido do PSL a verba pública de R$ 400 mil, entrando na lista como a terceira maior beneficiada pelo fundo partidário da sigla – valor acima até mesmo do que obteve o presidente Jair Bolsonaro.
Do total recebido, Lourdes disse que R$ 380 mil foram destinados a pagar 5 milhões de santinhos produzidos por uma gráfica de fachada, segundo informações do jornal “Folha de S.Paulo”.
O caso contribuiu para a demissão, na última segunda-feira, de Gustavo Bebianno – presidente do PSL na época – do cargo de ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência.