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Seguro de carro no ABC é 46% mais caro que em SP

Image Source/Folhapress

Contratar seguro para veículos no ABC ainda sai mais caro que na cidade de São Paulo. Levantamento realizado pelo Metro Jornal mostra que a diferença de valores, levando em conta o mesmo perfil de motorista e automóvel, alcança até 46%. A pesquisa foi realizada com auxílio de cotações das plataformas especializadas em seguros Youse e Bidu.

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A pedido da reportagem, as empresas cotaram valores para as regiões centrais das três cidades da região e da capital. A simulação teve como base o perfil de um homem, 35 anos, casado e sem filhos, que trabalha na avenida Paulista, na capital, e se locomove diariamente com seu veículo. O modelo cotado foi o Chevrolet Onix, considerado o mais vendido no país nos três últimos anos pela Fenabrave, federação nacional do setor.

O levantamento realizado pela Bidu indica o maior valor pago ao morador de São Caetano, onde o seguro nessas condições alcançou o preço máximo de R$ 5.251,62. Já o mais baixo foi registrado para a capital nesta mesma cotação: R$ 3.586,82. A variação é de 46%.

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Já os preços enviados pela Youse apontam o valor mais caro para São Bernardo, R$ 2.799,70, e mais barato na capital, R$ 1.995,53. A diferença neste caso alcança 40%.

O ABC tem historicamente valores mais altos que a capital, diferença influenciada pela alta ocorrência de roubos e furtos de veículos na região.

Mas esses índices criminais vêm caindo e alcançaram em 2018 a menor taxa da série histórica da SSP (Secretaria de Segurança Pública), iniciada em 1999. A taxa de roubos e furtos a cada 100 mil veículos em São Bernardo (575) e São Caetano (488) já é mais baixa que a da capital (809). Apenas Santo André mantém seu índice acima das demais cidades, com 1.277 roubos e furtos a cada 100 mil veículos.

Para o porta-voz da Youse, Renato Scott, a queda da criminalidade pode ter impacto positivo nos valores em médio prazo. “Mas o preço leva em consideração não só a localidade, mas o perfil de risco como um todo, mesmo se pensarmos em uma única região, os preços podem variar”, avaliou.

A porta-voz da Bidu, Michele Alves, explica que as taxas de roubo e furtos e também de acidentes ajudam as seguradoras a compor os valores. “O crescimento contínuo dos sinistros – roubo, furto, colisões – tem uma relação direta com o aumento do preço do seguro. Se existem mais acidentes, mais roubos e furtos, as seguradoras precificam este incremento de risco, pois será maior a probabilidade de terem que arcar com mais indenizações e, possivelmente, custos de conserto (peças e mão de obra) mais altos também. Se a taxa de sinistralidade for crescente em determinada região, a tendência do preço do seguro é subir também.”

É possível fazer cotações on-line e comparar valores de acordo com seu perfil nos sites das empresas: www.youse.com.br e www.bidu.com.br.

Comportamento também conta

A porta-voz da corretora Bidu, Michele Alves, conta que o motorista pode ajudar a reduzir o valor do seguro. “Tomar cuidados como parar o carro em estacionamento ou garagem, providenciar a instalação de dispositivos de segurança, como alarmes, rastreadores e bloqueadores, e até mesmo dirigir com cautela e respeitar as leis de trânsito ajudam a diminuir o risco relacionado ao seu veículo, e consequentemente, o preço do seu seguro.” Outro fator para ajudar a pagar menos é a quilometragem do guincho contratado, diz a porta-voz. “Se você roda 50 quilômetros por mês com seu veículo, por exemplo, não tem motivo para contratar um guincho de 200 quilômetros, pois, assim, você acaba pagando por um serviço que não será utilizado, que pode encarecer o valor do seu seguro”, explica.

O porta-voz da Youse, Renato Scott, lembra que não mentir também é importante para não ter problemas depois. “É importante que o motorista preencha seus dados de maneira fidedigna, e que leve em consideração as coberturas e assistências oferecidas para escolher o seguro que melhor atenda às suas necessidades.

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