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Lava Jato cumpre mandados de busca ligados a Aloysio Nunes e Paulo Preto

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A 60ª fase da Lava Jato começou nesta terça-feira (19) a pedido da força-tarefa do Ministério Público Federal no Paraná (MPF/PR). A operação tem 46 policiais e cumpre 12 mandados de busca em diversos endereços ligados a Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, que já está preso, e a Aloysio Nunes Ferreira Filho, ex-chanceler do governo Temer.

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Souza, operador ligado ao PSDB, foi peça-chave na lavagem de mais de R$ 100 milhões em favor da Odebrecht. Além dele, também estão envolvidos os operadores Rodrigo Tacla Duran, Adir Assad e Álvaro Novis, que mantiveram relações pelo menos entre 2007 e 2017. As transações investigadas superam R$ 130 milhões, que correspondiam ao saldo de contas controladas por Paulo Preto na Suíça no início de 2017.

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A investigação também revelou que existiram transações ilícitas entre os investigados em outra época. Foi o caso, por exemplo, de 26 de novembro de 2007, onde, por intermédio da offshore Klienfeld Services Ltd, a Odebrecht transferiu 275.776,04 de euros para a conta controlada por Paulo Preto, em nome da offshore Grupo Nantes, na Suíça.

A operação ainda identificou que, no mês seguinte, a partir da referida conta de Paulo Preto,a emissão de cartão de crédito foi solicitada em favor de Aloysio Nunes Ferreira Filho. O banco foi orientado a efetuar a entrega do cartão no Hotel Majestic Barcelona, na Espanha, para Nunes, que estaria hospedado no hotel entre 24 e 29 de dezembro.

Além disso, foram identificados depósitos efetuados, no ano de 2008, por contas controladas pela Andrade Gutierrez e Camargo Correa, em favor da mesma conta controlada por Paulo Preto na Suíça, no valor global aproximado de US$ 1 milhão.

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