Foco

Audiência que julga sete pessoas por morte do jogador Daniel começa nesta segunda

Começam, nesta segunda-feira (18), as audiência de instrução do processo que investiga a morte do jogador Daniel Correa Freitas, de 24 anos. Edison, Cristiana e Allana Brittes devem ser ouvidos, além dos outros suspeitos de participação no assassinato. As audiências devem ocorrer até quarta-feira (20), na 4ª Vara Criminal de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

A juíza Luciani Martins de Paula, da 1ª Vara Criminal, Júri e Execuções Penais de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, agendou as oitivas, inicialmente, para o dia 27 de fevereiro, podendo se estender até 1º de março. Devido a um pedido feito pela defesa e acatado pela Justiça, as oitivas foram reagendadas.

Leia mais:
Etanol segue mais vantajoso que a gasolina; entenda cálculo
Coautor de livro do PCC fala sobre transferência de líderes presos: ‘medida de pronto-socorro’

Recomendados

Ao todo, sete pessoas foram denunciadas pelo crime:

  1. Edison Brittes Júnior – homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de adolescente e coação no curso do processo;
  2. Cristiana Brittes – homicídio qualificado por motivo torpe, coação do curso de processo, fraude processual e corrupção de adolescente;
  3. Allana Brittes – coação no curso do processo, fraude processual e corrupção de adolescente;
  4. Eduardo da Silva – homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de adolescente;
  5. Ygor King – homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual e corrupção de adolescente;
  6. David Willian Vollero da Silva – homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de adolescente e denunciação caluniosa;
  7. Evellyn Brisola Perusso – denunciação caluniosa, fraude processual, corrupção de adolescente e falso testemunho.

Dos sete réus, apenas Evelyn não está presa.

Roteiro

Primeiro a juíza deve ouvir as testemunhas de acusação. Após isso, as de defesa. A terceira etapa é o interrogatório dos réus.

Passada as oitivas, acusação e defesa têm o prazo para apresentação das alegações finais. Essa é a última parte do processo antes da juíza decidir se os réus vão ou não para júri popular.

O caso

Revelado pelo Cruzeiro e com passagens por Coritiba, São Paulo, Ponte Preta, Botafogo e São Bento, Daniel veio para Curitiba comemorar o aniversário de 18 anos de Allana Brittes, no dia 26 de outubro, em uma casa noturna, no bairro Batel. A comemoração se estendeu na casa dos pais de Allana, Cristiana e Edison Brittes, último lugar que o jogador teve contato com amigos pelo WhatsApp. Na casa ele foi espancado e depois conduzido no porta-malas do carro de Edison até a Colônia Mergulhão, onde foi morto.

O corpo do jogador foi encontrado em uma área de mata próxima à uma estrada rural, na cidade de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, no sábado (27), por moradores da região. Ele estava nu, com diversos cortes, dois deles profundos na região do pescoço, e teve o pênis decepado. O órgão estava pendurado em uma árvore a 20 metros de onde o corpo foi encontrado.

Antes da confissão, Edison se reuniu com testemunhas em um shopping da cidade para supostamente combinar uma versão dos fatos. Ele se entregou após o depoimento de uma testemunha que o apontava como autor do crime.

Edison também foi gravado em ligação com um amigo da vítima se lamentando sobre o sumiço do atleta e dando outra versão sobre o que aconteceu na noite em que Daniel morreu. Na ligação, que aconteceu após o corpo de Daniel ter sido encontrado e identificado, Edison Brittes diz que não sabia como Daniel foi embora e que estava chocado com o caso. Falou também que teve que dar calmante para a filha, Allana, após saberem da morte da vítima e que ele chegou a ligar para a irmã de Daniel para dar os pêsames.

Em telefonema, empresário que confessou ter matado Daniel dizia estar triste com a tragédia
Edison afirma que Daniel estava no quarto tentando estuprar Cristiana. O delegado responsável pelo caso, Amadeu Trevizan, já declarou que a família Brittes mentiu nos depoimentos e que teriam formulado uma história.

Tags

Últimas Notícias


Nós recomendamos