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Brumadinho pode se tornar o segundo maior desastre com barragens do mundo

Com mais de 140 mortos e quase 200 desaparecidos, Brumadinho pode terminar como o segundo maior desastre humano envolvendo barragens no mundo.

A pior catástrofe aconteceu na Bulgária, em 1966, com cerca de 500 mortes; na sequência aparece a Itália, com aproximadamente 270 pessoas mortas, em 1985.

O Brasil tem 769 barragens de mineração, segundo a Agência Nacional do setor, sendo que 425 estão na lista da Política Nacional de Segurança, que monitora as estruturas que atendem critérios específicos de risco.

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A relação tem apenas 3 consideradas de alto potencial de rompimento: duas na cidade mineira de Rio Acima e uma em Poconé, no Mato Grosso.

Mas as barragens de Mariana e Brumadinho, oficialmente, apresentavam baixo potencial de ruptura.

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Em Fundão, vazaram 45 milhões de metros cúbicos de rejeitos, mas outras construções, também em Minas Gerais, tem um potencial de dano ambiental ainda maior.

O superintendente Estadual do Ibama, Júlio Grillo, alerta que o estado não pode conviver com esse risco e diz que Minas registra 25% dos rompimentos de barragens do mundo.

Em Congonhas, por exemplo, uma mina de ouro tem 226 milhões de metros cúbicos, cinco vezes mais que a barragem de Fundão.

Muitas barragens ficam perto de grandes comunidades, como alerta o presidente do Instituto de Proteção Ambiental Carlos Bocuhy, que aponta uma falha das prefeituras ao permitir essa proximidade.

Nesses casos, os moradores são colocados nas chamadas áreas de auto salvamento, locais com orientação para as pessoas abandonarem tudo e deixarem suas casa após rompimentos.

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