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Procon notifica Avianca por falta de informação sobre voos cancelados

O Procon de São Paulo vai notificar a Avianca por causa da falta de informação sobre rotas que não serão mais operadas pela companhia aérea. A empresa, que está em processo de recuperação judicial, vai descontinuar os voos saindo de Guarulhos, em São Paulo, para Santiago, no Chile, e Nova York e Miami, nos Estados Unidos, a partir de 31 de março.

A Avianca afirma que vai contatar os clientes por ordem cronológica. Agora, em fevereiro, serão procurados os clientes que compraram passagem para voar em abril. Eles terão duas opções: a reacomodação em voos de outras aéreas ou o reembolso do valor pago.

Passageiros não querem reembolso

Mas quem está nessa situação não quer saber de receber o dinheiro de volta. Por causa da demora no contato da empresa, os passageiros temem, ainda, que a reacomodação não seja feita de forma a permitir que eles usem a hospedagem e os passeios já agendados e pagos.

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“Não quero o reembolso porque não vou achar a passagem pelo preço que paguei no ano passado durante a Black Friday”, diz a profissional de relações públicas Camila Galani, que planeja passar a lua-de-mel em Santiago em abril.

“Grande coisa fazer o reembolso um mês antes da viagem”, reclama o militar Humberto Borges Guerreiro, que quer passar as férias com a mulher e o filho de quatro anos na Disney. “A gente não vai achar mais a passagem pelo mesmo preço. Eu consegui pagar menos porque comprei com seis meses de antecedência.”

Empresa terá prazo de 48 horas para resposta

O chefe de gabinete do Procon de São Paulo, Guilherme Farid, destaca a necessidade de a empresa informar os clientes sobre as medidas que serão tomadas com “antecedência razoável”. Segundo ele, a Avianca terá, a partir da notificação enviada hoje, 48 horas para prestar esclarecimentos.

A dificuldade de cancelamento de voos já resultou, neste ano, no registro de 225 reclamações contra a companhia aérea no site Reclame Aqui. O número é 86% maior do que as 121 queixas sobre o mesmo assunto registradas em dezembro.

Em nota, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) diz que está atenta “aos deveres de prestação de serviço aos passageiros”.

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