Um bloco formado por nações latino-americanas e o Canadá debaterá nesta segunda-feira como manter a pressão para que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, convoque novas eleições, agora que enfrenta clamores generalizados para renunciar após uma contestada votação presidencial no ano passado.
Mas fontes a par do assunto disseram que os 14 países do Grupo de Lima parecem inclinados a adiar novas sanções contra o governo Maduro quando se reunirem em Ottawa.
A maioria dos membros do grupo diz que Maduro deveria dar lugar ao líder opositor Juan Guaidó, que se declarou presidente interino no mês passado e está pedindo uma nova eleição presidencial.
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Os Estados Unidos, que não integram o grupo, também querem a saída de Maduro.
“Como podemos continuar a ajudar a oposição a manter a pressão sobre o regime e forçar novas eleições? Certamente é algo que estudaremos”, disse uma autoridade do governo canadense.
Maduro, cuja gestão mergulhou o país em um colapso econômico e provocou o êxodo de 3 milhões de venezuelanos, disse em uma entrevista transmitida na rede de televisão espanhola Antena 3 no domingo: “Não aceitamos ultimatos de ninguém”, acrescentando: “Recuso-me a convocar eleições agora – haverá eleições em 2024”.
O líder, que vem preservando o apoio crucial dos militares, afirmou ser alvo de um golpe de Guaidó dirigido pelos EUA.
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A reunião desta segunda-feira em Ottawa também terá na pauta como ajudar o povo da Venezuela, inclusive por meio de uma assistência humanitária imediata, disse o gabinete do primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau.
No mês passado, o Grupo de Lima anunciou uma proibição de viagens a autoridades venezuelanas de alto escalão e o congelamento de seus ativos no exterior.
A fonte canadense, que pediu anonimato devido à sensibilidade da situação, não quis comentar quando indagada se mais medidas punitivas poderiam ser impostas.
Duas fontes a par das conversas disseram que tal anúncio é improvável no momento.
Na semana passada, o governo do presidente dos EUA, Donald Trump, emitiu sanções contra a estatal petroleira venezuelana PDVSA, medida que deve reduzir as rendas de um país já assolado pela falta de remédios e a desnutrição.
Em uma entrevista exibida no domingo, Trump disse que uma intervenção militar na Venezuela é “uma opção”.