A taxa média de desemprego no país caiu de 12,7% em 2017 para 12,3% em 2018, após três anos de alta, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em média, o país contabilizou 12,8 milhões de desocupados, 3% a menos do que em 2017.
No último trimestre de 2018, o índice ficou em 11,6%, queda de 0,3 ponto percentual em relação ao trimestre de julho a setembro. No período, a população desocupada estava em 12,2 milhões.
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A melhora no mercado de trabalho, no entanto, foi marcada por índices recordes de informalidade.
O contingente de pessoas com carteira de trabalho assinada no setor privado alcançou 32,9 milhões na média de 2018, menor patamar da série iniciada em 2012. Em quatro anos, o país perdeu 3,7 milhões de postos formais, uma redução de 10,1%. Já o número de empregados sem carteira chegou a 11,2 milhões, alta de 7,8% sobre a 2014.
Os trabalhadores por conta própria atingiram o maior nível na série, 23,3 milhões, pouco mais de um quarto do total da população ocupada no país, de 91,8 milhões. Em quatro anos, esse contingente aumentou 9,4%.
“Esses números refletem uma tendência que vínhamos observando, do aumento da informalidade se opondo à queda na desocupação”, explicou o coordenador da pesquisa, Cimar Azeredo.
Na avaliação do pesquisador, somente a melhora geral na economia do país será capaz de favorecer a retomada das contratações formais. “Quando tiver uma economia melhor, com abertura de indústrias, com o religamento de máquinas e a retomada de obras no setor da construção, e empresas voltarem a contratar, teremos esse efeito de carteira de trabalho em crescimento”, disse.