A Itália foi o único dos 28 países da União Europeia a vetar uma resolução para admitir o papel de Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela até novas eleições.
A discussão ocorreu na última quinta-feira (31), durante uma reunião dos chefes de diplomacia dos Estados-membros em Bucareste, na Romênia, que exerce a presidência rotativa do bloco.
A proposta foi apresentada pela ministra das Relações Exteriores da Suécia, Margot Wallstrom, e previa um reconhecimento «implícito» de Guaidó, mas não formal. O texto expressava apoio ao oposicionista em seu «papel institucional», para «levar adiante a preparação de eleições livres e democráticas».
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Até a Grécia, que havia se colocado contra o reconhecimento formal de Guaidó, teria aceitado a proposta da Suécia. A alta representante da UE para Política Externa, Federica Mogherini, que é italiana, tentou encontrar um ponto em comum, mas não houve unanimidade em torno do texto.
Das cinco principais potências da União Europeia, quatro – Alemanha, Espanha, França e Reino Unido – deram um ultimato para Nicolás Maduro convocar novas eleições, ou apoiarão Guaidó. A Itália, por sua vez, está dividida.
O antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), maior partido da base aliada, criticou o apoio internacional a Guaidó e denunciou o risco de repetir o cenário da Líbia, que vive fragmentada desde a queda de Kadafi.
Já a ultranacionalista Liga, do ministro do Interior Matteo Salvini, não considera mais Maduro como presidente da Venezuela e defende sua saída do poder. Em função disso, o governo italiano não se posicionou claramente de nenhum lado.