O MPF (Ministério Público Federal) encaminhou anteontem ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região denúncia contra o prefeito afastado de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), – preso desde 13 de dezembro do ano passado – e outros nove réus por fraude em processo licitatório, corrupção (ativa ou passiva) e formação de organização criminosa.
A denúncia da promotoria aponta que Atila recebeu pagamentos indevidos durante as eleições de 2016, quando era deputado estadual e candidato à prefeitura, em troca de assumir o compromisso de favorecer um grupo empresarial que seria beneficiado com a celebração de contratos com o município em um possível governo dele. O órgão diz que a descoberta é desdobramento da Operação Prato Feito, em que o prefeito foi detido pela primeira vez, em maio do ano passado.
Segundo o MPF, as tratativas e recebimentos de valores foram intermediados por João Eduardo Gaspar, então assessor de Atila na Assembleia Legislativa e posteriormente secretário de Governo do município – ele está preso também.
Recomendados
Resultado Lotofácil 3081: veja os números sorteados nesta quarta-feira
Senado aprova isenção de IR para quem ganha até dois salários mínimos
Daniel Cravinho falou sobre dilema que enfrenta por seu crime. “Como fiz algo tão terrível sem ter sido...
A promotoria diz que ficou demonstrado que, após Atila ser eleito, ele e outros agentes públicos realizaram diversas manobras ilícitas para restringir a competitividade da licitação feita pela prefeitura para adquirir 48 mil kits de uniformes escolares. Segundo o MPF, houve superfaturamento de aproximadamente 50% do valor das mercadorias adquiridas, prejuízo estimado ao município de R$ 4 milhões.
O advogado Daniel Bialski, que defende Atila, disse que foi surpreendido com o a nova denúncia e que irá comprovar a inocência do prefeito.
A defesa de Gaspar informou que ele “não era responsável pelos processos licitatórios da prefeitura e provará sua inocência no curso do processo”.