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Atila Jacomussi, prefeito de Mauá preso desde dezembro, é denunciado pelo Ministério Público Federal

O MPF (Ministério Público Federal) encaminhou anteontem ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região denúncia contra o prefeito afastado de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), – preso desde 13 de dezembro do ano passado – e outros nove réus por fraude em processo licitatório, corrupção (ativa ou passiva) e formação de organização criminosa.

A denúncia da promotoria aponta que Atila recebeu pagamentos indevidos durante as eleições de 2016, quando era deputado estadual e candidato à prefeitura, em troca de assumir o compromisso de favorecer um grupo empresarial que seria beneficiado com a celebração de contratos com o município em um possível governo dele. O órgão diz que a descoberta é desdobramento da Operação Prato Feito, em que o prefeito foi detido pela primeira vez, em maio do ano passado.

Segundo o MPF, as tratativas e recebimentos de valores foram intermediados por João Eduardo Gaspar, então assessor de Atila na Assembleia Legislativa e posteriormente secretário de Governo do município – ele está preso também.

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A promotoria diz que ficou demonstrado que, após Atila ser eleito, ele e outros agentes públicos realizaram diversas manobras ilícitas para restringir a competitividade da licitação feita pela prefeitura para adquirir 48 mil kits de uniformes escolares. Segundo o MPF, houve superfaturamento de aproximadamente 50% do valor das mercadorias adquiridas, prejuízo estimado ao município de R$ 4 milhões.

O advogado Daniel Bialski, que defende Atila, disse que foi surpreendido com o a nova denúncia e que irá comprovar a inocência do prefeito.
A defesa de Gaspar  informou que ele “não era responsável pelos processos licitatórios da prefeitura e provará sua inocência no curso do processo”.

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