No dia 3 de fevereiro, a partir das 11h, ocorre o ato multicultural contra a construção do Centro Logístico Campo Grande, no distrito de Paranapiacaba, em Santo André. A ação, do movimento SOS Paranapiacaba, será em frente à estação Prefeito Celso Daniel.
O evento, de cuja organização participam professores, estudantes, intelectuais e artistas do ABC, terá apresentações gratuitas de músicos e poetas ligados à causa. Entre os confirmados estão Edvaldo Santana, Claudia Lima, bandas Take 9001, Giallos, Sentimento Carpete, Krias de Kafka, Copo Largo e Projetonave. No dia, também haverá o lançamento de uma carta.
Segundo o membro do SOS Paranapiacaba Jairo Costa, 40 anos, “o objetivo é mobilizar a sociedade, alertando sobre este projeto de devastação ambiental”.
Recomendados
Sem empréstimo, sem enterro! Tio Paulo ainda não foi enterrado porque família alega não ter dinheiro
“Tio Paulo” era um homem simples, sem mulher ou filhos, dizem vizinhos. “Gosta de um biricutico”
Caso do acidente com Porsche em SP: delegado é afastado do caso após críticas sobre investigação
Essa é a terceira manifestação do SOS Paranapiacaba desde 2018. Na primeira, moradores e ativistas ambientais protestaram no local onde está prevista a construção do porto seco. Uma bicicletada reuniu mais de 500 ciclistas na Vila de Paranapiacaba para chamar a atenção ao empreendimento.
Em frente à estação de trem Prefeito Celso Daniel (Rua Itambé, 87 – Santo André). Amanhã, às 11h. Gratuito.
Decisão sobre construção de centro logístico está na justiça
O projeto do Centro Logístico Campo Grande, apresentado no ano passado pela Fazenda Campo Grande, prevê a construção de um porto seco no bairro de Campo Grande, em Santo André, próximo à Vila de Paranapiacaba. O empreendimento, permitiria a integração entre o Porto de Santos, a região macrometrópole paulista e o interior.
O maior impedimento para a construção do complexo é o Plano Diretor de Santo André. A área em que o centro logístico está previsto para ser construído é protegida pelo código.
A construção, que derrubaria 96,2 hectares de Mata Atlântica, seria em etapas. Com início previsto para 2024, o investimento estaria em torno de R$ 780 milhões.
Atualmente, duas ações judiciais, impetradas pelo advogado Virgílio Alcides Farias, presidente do MDV (Movimento em Defesa da Vida do Grande ABC), tentam impedir a construção.
Uma delas é uma ação popular, que aguarda parecer do Ministério Público Federal para que o juiz tome decisão ou requira mais informações. A outra é um Mandado de Segurança, à espera de um manifestação da CETESB (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), para o juiz poder dar um parecer.