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Barragem não estava entre as mais perigosas

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Segundo informações do Inventário de Barragens 2017 da Feam (Fundação Estadual do Meio Ambiente de Minas Gerais), a barragem da Vale que se rompeu na última sexta-feira não estava entre as 14 que não possuem estabilidade garantida. Nessa classificação, 10 barragens são da área da mineração e 4 da indústria.

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O dado significa que após estudos geotécnicos, hidrológicos e hidráulicos, análises visuais, avaliações das condições de construção e/ou condições atuais, o auditor da Feam não garante “que as estruturas estejam seguras, seja pelo ponto de vista da estabilidade física do maciço ou pelo ponto de vista da estabilidade hidráulica (passagem de cheias). Portanto, são estruturas que apresentam maior risco de rompimento, caso medidas preventivas e corretivas não sejam tomadas”, diz o relatório mais recente do órgão.

Em 2017, foram contabilizadas 698 estruturas cadastradas no Banco de Declarações Ambientais.

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Na cidade de Brumadinho, onde ocorreu a tragédia, a única barragem sem garantia de estabilidade registrada pelo órgão foi a Barragem Quéias – área da Mineração alvo de disputa judicial entre a Emicon (Empresa de Mineração e Terraplanagem) e a MMX Metálicos, braço de mineração do grupo EBX, do empresário Eike Batista.

Baixo risco, mas altos danos

Outro relatório, dessa vez produzido pela AMN (Agência Nacional de Mineração), apontou que  barragem do Córrego de Feijão, controlada pela Vale, era classificada como uma estrutura de ‘baixo risco’ em caso algum desastre e rompimento da estrutura.

No entanto, segundo o cadastro, o dano potencial que seu rompimento poderia causar é classificado como alto. A estrutura possui 87 metros de altura, faz parte de um complexo onde funcionam outras seis estruturas para contenção dos rejeitos de minérios de ferro.

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