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Ritmo de obras de ecoponto em São Paulo é o mesmo de doze anos atrás

Equipamento instalado na Vila Madalena, na zona oeste da capital André Porto/Metro

Em 2006, no quarto ano de implementação dos ecopontos na cidade e depois de três anos abrindo uma unidade por ano, a Prefeitura de São Paulo resolveu dobrar as inaugurações e colocou em funcionamento dois novos postos.

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Mais de uma década depois, a capital ainda não consolidou a sua rede e voltou ao mesmo ritmo de obras de 12 anos atrás, com a abertura de apenas dois ecopontos em 2018.

O volume está muito abaixo do ano mais produtivo – 2013, quando 18 estruturas foram abertas – e também tem deixado a cidade longe da meta, que era ter 143 ecopontos até o fim de 2016. Atualmente, possuiu 102.

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Ecopontos são espaços públicos onde a população pode descartar resíduos como o entulho proveniente de pequenas obras, materiais recicláveis e grandes objetos – como móveis, sofás e podas de árvores. Isso tudo de graça, e no local adequado, onde o lixo terá a destinação correta.

Os próprios números da prefeitura reforçam a importância dos ecopontos e a demanda pelo serviço, que ajudar tirar o lixo das ruas, se tornando um aliado no combate a enchentes – comuns nesta época do ano.

Entre 2012 e 2016 – últimos anos com dados completos – o número de estruturas cresceu 64,4%, de 59 para 97. Já o volume de resíduos descartados aumentou 77,2%, de 406,6 mil metros cúbicos para 720,8 mil metros cúbicos.

Seis meses e R$ 350 mil

A promessa de ter 143 ecopontos foi feita pelo ex-prefeito Fernando Haddad (PT). O programa de governo de João Doria e Bruno Covas (PSDB) não define meta, mas a Amlurb (Autoridade Municipal de Limpeza Urbana) afirmou que a atual gestão “pretende avançar com o número de ecopontos”.

Questionada pelo Metro Jornal sobre o ritmo das obras, a autarquia afirmou que a construção de um ecoponto demanda, em média, seis meses de trabalho – desde a escolha da área até a entrega do espaço pronto – e que o custo médio é de R$ 350 mil por unidade.

Ainda de acordo com a Amlurb, embora apenas dois ecopontos tenham sido entregues ao público no ano passado, “foram identificadas 20 novas áreas para início de avaliação técnica”, que podem resultar futuramente em novas unidades na capital.

Espaço ataca ponto viciado

Outra vantagem do aumento do uso do ecoponto, segundo a Amlurb, é contribuir para a redução de pontos viciados de descarte irregular de lixo. Em 2016, havia 4.000 destes locais na cidade. Hoje são 2.823. Nos últimos dois anos, 285 pontos viciados de lixo foram recuperados e receberam pintura e jardins.

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