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GM ameaça sair do país e preocupa São Caetano

Comunicado feito pelo presidente da GM (General Motors) para a América do Sul, Carlos Zarlenga, aos trabalhadores da empresa sobre a possibilidade de as fábricas do continente (Brasil e Argentina) fecharem as portas gerou preocupação em São Caetano, onde a montadora tem planta e emprega cerca de 8,5 mil trabalhadores.

“Sem dúvida nenhuma preocupa. É algo que envolve diversos segmentos, não só os empregos diretos”, afirmou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão.

No comunicado, enviado por e-mail e também fixado no quadro de avisos das cinco fábricas do grupo no Brasil, Zarlenga diz que a permanência da empresa nos países sul-americanos depende da volta da lucratividade. “Não vamos continuar investindo para perder dinheiro”, diz a nota.

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Em fevereiro do ano passado, a GM anunciou obras de expansão do Complexo Industrial de São Caetano, que receberia investimentos de R$ 1,2 bilhão. Atualmente, 4,5 mil trabalhadores da unidade do ABC estão em férias coletivas, que vão até o próximo domingo.

“Fomos pegos de surpresa com essa informação. Negociamos acordo para esse aporte aqui e em nenhum momento foi falado de intenção de fechamento”, disse Cidão.

Está marcada para amanhã uma reunião entre representantes da empresa, do sindicato e do poder público para debate do comunicado feito pela direção da multinacional aos trabalhadores.

“É preciso grande esforço coletivo para produzir o que se faz necessário para que a GM avance nos investimentos na América do Sul, em especial para São Caetano”, afirmou o prefeito José Auricchio Júnior (PSDB).

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