O novo presidente da Caixa, Pedro Guimarães, negou na terça-feira (8) que vai haver aumento dos juros no financiamento da casa própria para a classe média, mas destacou que eles permanecerão acima das taxas do programa MCMV (Minha Casa Minha Vida), voltado para as classes mais baixas. Segundo ele, os juros do MCMV são subsidiados e os juros para classe média estão num patamar mais elevado.
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Na segunda (7), após sua posse para o comando do banco estatal, Guimarães afirmou que a classe média deveria pagar juros de mercado na habitação. “Quem é classe média tem que pagar mais. Ou vai buscar no Santander, no Bradesco, no Itaú. Na Caixa, vai pagar juros maiores que Minha Casa Minha Vida, certamente, e vão ser juros que vão ser de mercado”, declarou.
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Guimarães disse na terça ter ficado incomodado com parte da imprensa que, segundo ele, distorceu suas palavras. “O menor juro que existe no Brasil para crédito imobiliário é o do Minha Casa Minha Vida; querer comparar Minha Casa Minha Vida com crédito imobiliário para classe média não é correto matematicamente. É óbvio que juro para classe média é maior.”
Para Basílio Jafet, presidente do Secovi/SP, sindicato da habitação, as declarações na segunda mudam um “pouquinho” as condições de financiamento no país.
Em entrevista à Rádio Bandeirantes, Jafet disse que os juros praticados pela Caixa já estão próximos às taxas oferecidas pelos demais bancos. “A diferença não é sensível. Estamos falando de menos de um ponto percentual”, afirmou.
O presidente do Secovi/SP afirmou ainda que hoje o cliente pode escolher a instituição financeira que oferecer as melhores condições. “Se a Caixa deixar de oferecer financiamento suficiente para a classe média, esses financiamentos serão absorvidos pelos demais bancos, inclusive o Banco do Brasil”, disse.