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Menos plástico, mais peixes: União Europeia proíbe uso de plásticos descartáveis para diminuir poluição dos oceanos

Itens descartáveis de plástico, como canudos e copos de poliestireno, serão proibidos na União Europeia a partir de 2021, disseram autoridades do bloco nesta quarta-feira (19), quando aprovaram medidas para cortar o uso de plásticos na tentativa de diminuir a poluição oceânica.

Negociadores do Parlamento Europeu e representantes dos 28 Estados membros da UE chegaram a uma lista de 10 produtos plásticos de uso único que já têm alternativas disponíveis a serem banidos.

Os itens incluem cotonetes, talheres, pratos, canudos, mexedores de bebida e embalagens de comida feitas de isopor.

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Para outros itens de plástico, como embalagens de comida, copos e tampas, o foco será limitar o uso e, em alguns casos, estabelecer obrigações de limpeza para os fabricantes.

Todas as garrafas plásticas precisarão ter ao menos 30 por cento de material reciclado até 2030.

Além disso, produtores de filtros de tabaco que contêm plástico precisarão cobrir os gastos da coleta pública de cigarros.

“Todos nós ouvimos o alerta do Fórum Econômico Mundial e de outros de que, medindo pelo peso, haverá mais plástico do que peixes nos oceanos do mundo até 2050 se continuarmos jogando plástico no mar no ritmo presente”, disse a ministra de Sustentabilidade da Áustria, Elisabeth Koestinger.

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A Áustria, que ocupa a presidência rotativa da UE, conduziu as conversas em nome de todos os 28 membros.

O grupo ambientalista Greenpeace elogiou as medidas, que considerou um passo significativo para lidar com a poluição plástica, mas disse que a iniciativa deixou a desejar em algumas áreas.

Não se criou uma meta para toda a UE reduzir o consumo de embalagens de comida e copos, nenhuma obrigação para os países do bloco adotarem metas e a exigência de coleta separada de 90 por cento de garrafas plásticas só entrará em vigor a partir de 2029, disse o Greenpeace.

A União Europeia só recicla cerca de um quarto das 25 milhões de toneladas de resíduos plásticos que produz todos os anos.

A decisão da China de parar de processar dejetos, somada ao alarme crescente a respeito dos danos aos oceanos, levou o continente a desistir de contar com países em desenvolvimento para lidar com seus resíduos.

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