A PF (Polícia Federal) faz nesta quarta-feira (19) uma operação para investigar denúncias contra o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab (PSD). São oito mandados de busca e apreensão, expedidos pelo STF, sendo seis no Estado de São Paulo e dois no Rio Grande do Norte.
A ação é resultado da delação de executivos do grupo JBS, do ramo dos frigoríficos, e apura o recebimento de «vantagens indevidas» por Kassab entre 2010 e 2016. Nos dois primeiros anos, o político ainda ocupava o cargo de prefeito da cidade de São Paulo. A partir do ano que vem, ele ocupa o cargo de chefe da Casa Civil na gestão do governador João Doria (PSDB).
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A denúncia afirma que Kassab solicitou um pagamento em troca da defesa dos interesses da empresa e para direcionar seu apoio político durante a campanha presidencial de 2014. Além do ministro, teriam recebido parte dos recursos Robinson Faria (PSD), atual governador do Rio Grande do Sul, e um deputado federal do mesmo Estado.
Os valores seriam recebidos por empresas, com notas fiscais falsas emitidas a partir de serviços que não eram efetivamente prestados. A partir das apreensões, a PF seguirá com as investigações para decidir se denuncia os envolvidos por corrupção passiva e falsidade ideológica eleitoral.
Gilberto Kassab afirmou que todos os seus atos seguiram a legislação e foram pautados pelo interesse público. «O ministro sabe que as pessoas que estão na vida pública estão corretamente sujeitas à especial atenção do Judiciário, reforça que está sempre à disposição para quaisquer esclarecimentos que se façam necessário», afirma nota.