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Pastora chefiará Direitos Humanos no governo Bolsonaro

A  advogada e pastora evangélica Damares Alves será a nova ministra do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, conforme anunciou, ontem, o futuro ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

A pasta também ficará responsável pela Funai (Fundação Nacional do Índio), alvo de dor de cabeça, nas últimas semanas, para o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).

A futura ministra tem no currículo uma série de declarações tidas como polêmicas (veja ao lado).

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Damares é, desde 2015, assessora do senador Magno Malta (PR-ES) – que chegou a ser cotado para o cargo de ministro – e mãe de uma menina indígena. Em 1999, levantou, junto ao Congresso, a questão do infanticídio nas aldeias. “Minha história de luta a favor dos povos indígenas me qualifica para estar cuidando da Funai.”

Questionada sobre Bolsonaro ter dito, em novembro, que não demarcaria mais terras indígenas, Damares afirmou que também questiona algumas das áreas existentes, mas salientou que é preciso dialogar.

Protagonismo

De acordo com a próxima ministra, as mulheres “anônimas e invisíveis” terão prioridade dentro da pasta, como as pescadoras, ciganas, ribeirinhas, quebradoras de coco e catadoras de siri.

Sob o guarda-chuva do  ministério também ficará a Secretaria da Infância. O objetivo, segundo Damares, é cuidar da criança como um todo e de forma integrada com todas as demais pastas.

No discurso, ela salientou, ainda, que homens e mulheres que desempenharem a mesma função deverão receber o mesmo salário.

Além disso, tratou, brevemente, da questão LGBT. “Tenho entendido que dá pra gente ter um governo de paz entre o movimento conservador e LGBT”, apontou.

Damares foi a 21ª ministra anunciada pelo futuro governo. Falta ainda a indicação do novo ministro do Meio Ambiente. O desenho final da nova Esplanada foi apresentado ontem pela equipe de transição, mas ainda passará por ajustes.  

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