A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) inaugurou na quarta-feira (5) na Vila Mussolini, região do Rudge Ramos, em São Bernardo, a primeira de 17 mini-hidrelétricas que utilizarão a água do abastecimento também para geração de energia elétrica pelo ABC.
Por enquanto, os sistemas vão fornecer eletricidade apenas para os reservatórios de distribuição. A energia vai manter em funcionamento as bombas utilizadas para levar água tratada aos imóveis.
A geração própria dá independência para o sistema de abastecimento funcionar mesmo quando há falhas na distribuição de energia da Enel, antiga Eletropaulo.
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De acordo com a Sabesp, cerca de 50% dos casos de falta de água são motivados por interrupção no fornecimento de energia elétrica. “Quando a eletricidade volta, o retorno não é imediato para a água. O sistema demora para carregar e atender regiões mais altas. Com a geração própria, não teremos mais esse problema”, afirma o superintendente da Sabesp no ABC, Roberval Tavares.
Ele diz que haverá sobra de 10% das cerca de 20 mil kWh geradas por mês pela mini-hidrelétrica. “Sobrará energia principalmente à noite, quando o consumo de água é menor. Para venda (de eletricidade), esses 10% ainda são pouco. Queremos, por enquanto, ser auto-sustentáveis, para o trabalho das bombas e o escritório.”
O reservatório Mussolini fornece água para cerca de 40 mil pessoas.
Tavares não revelou onde serão instaladas as novas hidrelétricas, mas a previsão é de que sejam inauguradas no próximo ano. Entre as regiões que mais são impactadas pela falta de energia para o abastecimento de água, de acordo com a Sabesp, estão Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. “São cidades com muitas árvores e galhos rompendo a fiação”, disse o superintendente.
Críticas
O prefeito Orlando Morando (PSDB) participou ontem da inauguração e criticou o trabalho realizado pela Enel. “Aqui em São Bernardo é comum falta de energia mesmo sem chuva. A Enel tem que parar de culpar São Pedro pelos problemas. Eles são ineficientes. Precisam parar de reclamar e trabalhar mais.”
Em resposta às críticas, a Enel disse realizar várias obras de expansão e melhoria da rede, em investimentos que somam R$ 3,1 bilhões até 2021. “No ABC, destaque para a conclusão da subestação Batistini (São Bernardo), que beneficiará aproximadamente 45 mil clientes”, diz em nota.