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Museu Nacional espera recuperar parte do acervo; incêndio completa dois meses

O diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, se reúne nesta segunda-feira (3) com a equipe da Polícia Federal, responsável pela remoção do acervo dos escombros, para receber uma estimativa de quanto tempo ainda vai levar para a retirada de todo o material. A instituição, na Quinta da boa Vista, zona norte do Rio de Janeiro, teve 90% das peças destruídas por um incêndio, no dia 2 de setembro.

A expectativa é que algumas peças possam ser restauradas. Uma das mais importantes delas, o crânio de Luzia – fóssil mais antigo encontrado na América –, deve ficar pronta dois meses após o início dos trabalhos.

O acervo restaurado será armazenado em contêineres até que a obra de reconstrução seja finalizada. No entanto, as estruturas ainda não foram entregues pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), que não se manifestou sobre a demora.

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A falta dos contêineres preocupa o diretor da instituição uma vez que países como Alemanha e França já ofereceram peças próprias para ocupar o novo museu. “Está demorando muito. Já estamos em contato com várias instituições que estão dispostas a doar acervo. Só que tem um detalhe: o Brasil tem que merecer”, afirma Kellner.

As tratativas entre as instituições internacionais que querem fazer contribuições de acervo para o Museu Nacional estão sendo feitas pelo Ministério da Educação, que não deu detalhes sobre o que deve ser doado. Até agora, a instituição recebeu R$ 9 milhões do governo federal, destinados ao escoramento do prédio danificado.

No ano que vem, uma emenda será incluída no projeto de lei orçamentária para doar R$ 55 milhões também destinados à restauração da instituição.

Com a entrada do novo governo, o futuro das obras do edifício é mais uma das preocupações do diretor.

Segundo ele, nenhuma das equipes de transição do futuro governador, Wilson Witzel (PSC), ou do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), o procurou para falar sobre a situação do espaço após o incêndio.

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