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Orgânicos crescem 20% ao ano no país com maior busca por alimentos sustentáveis

Pessoas que comem orgânicos têm 25% menos chances de ter câncer, mostrou um estudo do Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa realizada com 68 mil franceses André Porto/Metro

Até 2020, o Carrefour pretende dobrar a participação de orgânicos no total de produtos frescos vendidos em suas gôndolas no Brasil. Essa é uma das metas do movimento global da rede francesa Act For Food, lançado aqui neste ano. A estratégia envolve iniciativas para ampliar o acesso a alimentos saudáveis e sustentáveis, como, por exemplo, estabelecer novas parcerias com produtores locais.

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A ação está em linha com a crescente demanda de consumidores por alimentos saudáveis, que também tem levado gigantes como Pepsico, Unilever, Coca-Cola, Ambev e Nestlé a reverem suas estratégias.

Segundo o Organics (Conselho Brasileiro da Produção Orgânica e Sustentável), o mercado de orgânicos no país cresce 20% ao ano e pode atingir R$ 4,2 bilhões em 2018.

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“Muito se compra em feirinhas. É um mercado que tem crescido muito. Temos 18 mil unidades produtoras, a maioria de pequenos produtores, e estamos chegando a mil feiras em todo o país”, afirma Cobi Cruz, diretor da entidade.

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Isso ajuda a explicar porque 84% dos brasileiros não sabem citar uma marca de orgânicos, segundo pesquisa do Organics. “Os orgânicos têm um conceito de ser uma marca coletiva”, afirma Cruz.

Para ele, a investida de grandes empresas é positiva, por gerar demanda para todo o setor, incluindo, pequenas cooperativas. “Quanto mais empresas forem ‘orgânico’, o mundo vai ser mais orgânico.”

O principal motivo para cada vez mais consumidores buscarem orgânicos é a preocupação com a própria saúde. Mas os impactos políticos e sociais também influenciam diretamente a decisão, afirma o consultor de nutrição Tiago Wendland, 33 anos, que compra orgânicos há sete anos.

“A maior parte do que chega às nossas mesas vem do pequeno produtor e agricultura familiar. O espaço para o orgânico é muito menor se comparado ao do agronegócio”, diz Wendland, destacando ainda os impactos ambientais gerados pela monocultura.

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