Foco

Internet impulsiona alimentos orgânicos no Rio de Janeiro

Reprodução

A dificuldade de encontrar alimentos orgânicos e mais saudáveis fez a carioca Tatiana Dutra Perez, 43 anos, ir atrás dos próprios produtores. A busca começou por tomates, ganhou adeptos e levou à formação de um grupo de compra coletiva em 2013. “Em um mês, tinha comprado mais de 200 kg de tomate!”, lembra Tatiana.

ANÚNCIO

LEIA O METRO DESTA QUARTA-FEIRA (28) COM O EDITOR CONVIDADO ALEX ATALA

A iniciativa, que começou nas redes sociais, se transformou no site Comida da Gente. Lançada há um ano, a plataforma tem hoje 4 mil consumidores e 250 produtores cadastrados. “É difícil comprar orgânicos na cidade e, quando encontra, são caros. Descobri que os produtores não conseguiam escoar a produção e, às vezes, até jogavam fora”, diz Tatiana. “Com a compra antecipada, o risco é zero para os produtores. E consumidores conseguem ter acesso a produtos variados, com regularidade e preços acessíveis”, complementa.

Recomendados

Conheça boas iniciativas de alimentos orgânicos:
Restaurante em Campinas tem projeto de inclusão social
Hortas urbanas abastecem restaurantes em Curitiba
Instituto Chão promove economia solidária em São Paulo

Hoje, no Rio, já existem cerca de 10 grupos como esse, que funcionam como “feiras na internet”. Um dos mais antigos produtores de orgânicos do Rio, o Sítio do Moinho, em Itaipava, na Região Serrana, já deixou de vender para supermercados.

“Entregamos em domicílio mais de 200 cestas por semana. Assim a rentabilidade aumenta e chega a até 20% ao mês”, explica o gerente-geral do sítio, Fábio Ramos, que também é conselheiro do Organis (Conselho Brasileiro de Produção Orgânica Sustentável). “Os produtores já começam a plantar para esses grupos, um mercado que está só começando e tem muito para expandir”, aposta.

Tags

Últimas Notícias