Foco

Canteiros da marginal Pinheiros podem ser destruídos para ampliar faixas

A prefeitura considera destruir, se necessário, trechos dos canteiros centrais entre as pistas expressa e local da marginal Pinheiros para ampliação do número de faixas abertas para veículos. A medida emergencial teria como objetivo melhorar o fluxo do trânsito na região e compensar o fechamento de boa parte da pista expressa da via – interditada desde quinta-feira (15), após parte de um viaduto ceder.

A ação foi levantada durante a reunião de um comitê de crise na manhã desta segunda (19), que envolveu o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), além de secretários e assessores do município. A prefeitura aguarda uma nova avaliação técnica nesta tarde para definir os custos e prazos para o conserto do viaduto, que fica na altura da ponte do Jaguaré, sentido rodovia Castello Branco, e alternativas para o trânsito na capital – que retoma seu contingente usual a partir desta quarta-feira (21), após o feriadão prolongado.

Leia mais:
Secretaria de Cultura cria aplicativo com dicas de eventos em São Paulo
Roberto Castello Branco será o novo presidente da Petrobras

Recomendados

Segundo o secretário de Mobilidade e Transportes, João Octaviano Machado Neto, a pista expressa da marginal Pinheiros só será liberada após o fim das obras e não há previsão de abertura de novos trechos. «Imagine as cinco faixas da expressa saindo por uma faixa para a local. Vai ter um efeito funil, as pessoas ficariam presas entre as duas transposições», afirmou.

Outra medida é a suspensão, a partir de quarta, do rodízio municipal na marginal, entre a avenida dos Bandeirantes e a ponte dos Remédios. A medida vale apenas para o sentido rodovia Castello Branco e, segundo Octaviano, não é um estímulo para motoristas furarem a restrição em outros pontos da cidade. «O que está sendo feito é uma alternativa para quem está saindo do rodízio não ser represado na lentidão desse trecho da marginal Pinheiros e acabar sendo autuado», explicou.

Situação das obras

Nesta manhã, funcionários terminaram o trabalho de escoramento de 200 metros embaixo do viaduto. O próximo passo é a instalação de dez estacas que vão permitir erguer a estrutura. Elas funcionam como um macaco, instrumento utilizado em carros para erguê-los em uma troca de pneus.

Para a nova vistoria nesta tarde, foi feito um buraco, chamado de janela, que vai permitir a especialistas e engenheiros analisarem os materiais que compõem a parte de dentro do viaduto e descobrirem o que pode ser feito no local. De acordo com a prefeitura, o viaduto foi erguido pelo governo estadual na década de 1970 e há uma dificuldade em encontrar plantas e documentos originais da obra.

Demais pontes e viadutos

Uma das decisões do comitê de crise foi formalizar um pedido ao TCM (Tribunal de Contas do Município) para a liberação emergencial de uma licitação que prevê uma análise detalhada de todas as 185 vias elevadas da cidade de São Paulo. Normalmente, são feitas avaliações visuais das estruturas e, com a licitação, seria contratada uma empresa de vistoria para elaborar relatórios mais aprofundados.

Tags

Últimas Notícias


Nós recomendamos