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Objetivo era castrar jogador, diz suspeito de assassinato do jogador Daniel

O estudante Eduardo Henrique Ribeiro da Silva, de 19 anos, disse na segunda-feira (12) em depoimento que ele e outras três pessoas, incluindo o comerciante Edison Brittes Júnior, tinham a intenção de castrar o jogador Daniel Corrêa Freitas e deixá-lo com vida. O estudante, que mora em Foz do Iguaçu, é um dos seis presos suspeitos de envolvimento no caso.

Eduardo é namorado da prima de Cristiana Brittes, mulher de Edison Brittes e que também está presa. No dia 26 de outubro ele estava em Curitiba para a festa de 18 anos de uma das filhas do casal, Allana. Já de madrugada, o grupo seguiu de uma casa noturna para a casa da família, em São José dos Pinhais.

O suspeito relatou ao delegado Amadeu Trevisan que tinha ido dormir e foi chamado por Cristiana porque Edison e outros dois suspeitos que estão presos, David Willian da Silva, de 18 anos, e Ygor King, 19, estava agredindo Daniel.

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O advogado de Eduardo, Edson Stadler, admitiu que seu cliente participou das agressões. “O Daniel estava sendo espancado e o Edison disse que ele tinha tentado estuprar a Cristiana”, afirmou. Em seguida, segundo Eduardo, Edison pegou uma faca e disse que ia castrar o jogador. Um deles tirou a cueca de Daniel e o grupo o colocou no porta-malas de um carro.

Segundo Stadler, Edison não ameaçou os três rapazes, que teriam entrado no carro por vontade própria. A ideia, de acordo com Eduardo, era castrar o jogador e deixá-lo à espera de atendimento médico. “Ele (Edison) disse que precisava da ajuda deles, porque não ia conseguir castrar o Daniel sozinho”, disse Stadler.

No caminho, entretanto, Edison teria visto o celular do jogador – pelo whatsapp, Daniel disse a um amigo que tinha feito sexo com Cristiana e enviou fotos dela dormindo. “Ele parou o carro, ficou exaltado demais. Abriu o porta-malas, puxou o Daniel e já passou a faca no pescoço dele”, relatou o advogado. Em seguida, Edison teria levado o corpo até uma área de mata e cortado o pênis do jogador.

O corpo de Daniel, que jogou pelo Coritiba em 2017 e estava no São Bento de Sorocaba (SP), foi encontrado na tarde do dia 27. Edison confessou o crime e disse que não houve participação de mais ninguém.

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