Quase metade dos clientes de bancos (43%) não sabe quanto gasta com a cesta de serviços cobrada mensalmente pela instituição. Levantamento do Guiabolso mostra que para 99,35% dos correntistas seria mais vantajoso optar pelo pacote essencial – que, por lei, deve ser gratuito – e pagar pelos serviços avulsos.
Segundo a pesquisa, que acompanhou o comportamento de 93.137 usuários do aplicativo com conta nos cinco maiores bancos do país, 39% dos clientes pagam até R$ 20 pela cesta de serviços. Outros 34% gastam entre R$ 20 e R$ 40 e 17% têm uma despesa mensal acima de R$ 60.
E a maioria não utiliza todos os serviços da cesta, como o engenheiro da computação Daniel Liauw. “Não utilizo todos o serviços. Não uso TED, por exemplo”, afirma.
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A recepcionista Lidiane Ciolfi considerou abusivo os quase R$ 90 mensais que pagava pela cesta de serviço e procurou o gerente do banco. Fez o valor cair para um terço e isso representou uma economia de cerca de R$ 700 por ano. “Ele falou que poderia baixar a cesta mas daí ficaria sem limite, sem talão de cheque. Falei que tudo bem porque não utilizaria esses serviços e passei a pagar o valor de R$ 28,80 por mês”, afirma.
“Os consumidores não têm usado tudo o que o pacote oferece. Mesmo se utilizasse o serviço essencial e tivesse de pagar individualmente pelas transferências TED e DOC, saques a mais e emissão de cheque, seria mais barato sair da cesta atual”, diz o presidente do Guiabolso, Thiago Alvarez.
Os bancos são obrigados, por lei, a divulgar a existência do pacote essencial gratuito definido pelo Banco Central. Ele inclui fornecimento de cartão de débito e de sua segunda via; dez folhas de cheques por mês e a compensação de cheques; até quatro saques por mês; até dois extratos por mês via terminal de autoatendimento; realização de duas transferências entre contas na própria instituição por mês; e consultas pela internet.