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UFABC é a 1ª universidade de SP com cota para trans

Pioneira na implantação de políticas afirmativas de inclusão, a UFABC (Universidade Federal do ABC) adotou nova iniciativa sobre o tema a partir de 2019:  cotas para pessoas transexuais e transgêneros.

A instituição de ensino é a primeira de São Paulo e a terceira no Brasil a reservar vagas para esse público na graduação. Na UFABC, o processo de vestibular é feito por meio do Sisu (Sistema de Seleção Unificada), que utiliza a nota do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). As outras duas universidades que adotam modelo semelhante são a Uneb (Universidade do Estado da Bahia) e a UFSB (Universidade Federal do Sul da Bahia).

No total, 1,5% dos postos de ampla concorrência serão destinados exclusivamente para homens e mulheres trans – aqueles e aquelas que nasceram com um sexo biológico, mas se identificam como o oposto. A porcentagem equivale a 34 vagas distribuídas entre os bacharelados em ciência e tecnologia e ciências humanas. Metade será para trans de baixa renda.  O projeto foi aprovado na semana passada, em reunião do Consuni (Conselho Universitário).

O pró-reitor de Assuntos Comunitários e Políticas Afirmativas, Acácio Almeida, explica que a adoção da cota para pessoas trans é necessária devido à vulnerabilidade do público. “Essa população tem metade da expectativa de vida da média dos brasileiros e está exposta à violência, além da situação de não empregabilidade e educação formal”, disse.

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