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Cantareira faz 3 meses em alerta

O sistema Cantareira, principal reservatório da Grande São Paulo, responsável pelo abastecimento de 7,6 milhões de pessoas, completou três meses em estado de alerta devido ao baixo nível de armazenamento de água, quando fica com menos de 40% de sua capacidade, segundo os parâmetros estabelecidos pela ANA  (Agência Nacional de Águas).

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Ontem, segundo dados da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico de São Paulo), ele estava com 34,6% –um ano antes, marcava 46,4%. Em 2013, um ano antes da crise hídrica, o Cantareira tinha 37%  de sua capacidade em 30 de outubro.

A pouca chuva sobre o reservatório neste ano explica o baixo armazenamento –menor até do que no período pré-crise. Neste ano, choveu apenas 79% do esperado sobre o sistema –foram 924,5 mm, ante 1.168,4 mm de média.

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Somente os meses de janeiro, agosto e outubro deste ano tiveram precipitações dentro ou acima da média histórica. O principal déficit foi em fevereiro, a maior chuva esperada no ano e que registrou menos da metade da média (veja quadro ao lado).

Em nota, a Sabesp informou que investiu, desde 2014 – ano do auge da crise hídrica – R$ 6,8 bilhões em 36 grandes obras para garantir o abastecimento da capital e da Grande São Paulo. A companhia cita que entre as maiores estão a interligação Jaguari-Atibainha e o novo sistema São Lourenço. Também destacou no texto que aumentou a interligação entre as represas e os reservatórios.

Sobre o Cantareira em si, a Sabesp disse que vem poupando o sistema, retirando, desde junho de 2017, menos água do que a outorga permite. Segundo a companhia, a economia já ultrapassou 27% –se não tivesse adotado a medida, diz a Sabesp, o Cantareira estaria hoje com 6%, e não 34,6%.

Por fim, a companhia destaca ser essencial que a “população mantenha sempre os hábitos de consumo consciente de água, evitando o desperdício”.   

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