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Justiça absolve manifestantes presos em protesto com infiltrado do Exército

Reprodução/TV Globo

O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) absolveu, nesta segunda-feira (22), 18 manifestantes que haviam sido presos há dois anos durante uma manifestação contra o presidente Michel Temer em São Paulo. Os jovens eram acusados de organização criminosa e corrupção de menores, mas respondiam ao processo em liberdade.

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Na ocasião, um grupo de 21 pessoas foi detido durante o ato no Centro Cultural Vergueiro, na zona sul da capital paulista, no dia 4 de setembro de 2016. Entre os detidos estava o então capitão do Exército Willian Pina Botelho. Ele usava apelidos como «Balta» para se infiltrar nas manifestações e, ao ser identificado, foi liberado e não chegou a ser levado à delegacia. Seu nome também não foi citado no boletim de ocorrência.

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A suspeita é de que Botelho tenha armado uma emboscada contra o grupo, suspeito de utilizar táticas black bloc nas manifestações, como depredação e incitação à violência. Na época, a polícia apreendeu com os manifestantes itens como máscaras, capuzes, roupas escuras e vinagre. Eles foram soltos um dia após a prisão porque não haviam depredado nada.

A Justiça inocentou os acusados por entender que não havia provas para uma condenação pelos crimes apontados pela promotoria. Outros dois detidos na época não chegaram a ser indiciados. O Exército chegou a abrir um inquérito para investigar as atitudes de Botelho, mas o caso foi arquivado e, três meses depois, o oficial foi promovido a major.

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