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Operação Lava Jato já denunciou 347 pessoas; R$ 2,5 bilhões foram recuperados

Em pouco mais de quatro anos de investigações, a força-tarefa Lava Jato do MPF (Ministério Público Federal) já denunciou 347 pessoas. O último investigado a ser formalmente acusado foi o engenheiro Douglas Campos Pedroza de Souza. Ele é suspeito de lavagem de dinheiro no âmbito de dois contratos celebrados entre a Odebrecht e a Petroquisa, subsidiária da Petrobras, relacionados a obras no Complexo Petroquímico de Suape, no município de Ipojuca, em Pernambuco.

Até o momento, segundo o MPF, foram protocoladas 82 denúncias contra 347 pessoas. Os primeiros suspeitos foram acusados em abril de 2014.

Até agora, foram devolvidos para a Petrobras R$ 2.509.993.677,52, valor resultante de acordos de delação premiada e de leniência do MPF, em parceria com equipes da Polícia Federal e da Receita Federal. O último repasse foi no dia 9 de agosto, no valor de R$ 1.034.406.939,75. De acordo com o MPF, está prevista ainda a devolução de R$ 12,3 bilhões.

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Operação se volta para o governo de Beto Richa

Inicialmente focada nos casos de corrupção na Petrobras, neste ano a Lava Jato chegou à gestão do ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB). No dia 11 de setembro, o assessor e ex-chefe de gabinete de Richa, Deonilson Roldo, foi preso na 53ª fase da Lava Jato, chamada Operação Piloto – uma referência a Richa.

A casa do ex-governador foi alvo de buscas e ele foi preso no mesmo dia, mas em outra investigação, do Ministério Público do Paraná. Na Lava Jato, a suspeita é de que agentes públicos receberam propina da Odebrecht para a empreitera ganhar a licitação para a duplicação da PR-323, no noroeste do estado.

Também foi preso o empresário Jorge Atherino. Roldo e Atherino seguem presos. A expectativa é que eles façam um acordo de delação premiada. A defesa de Richa nega as acusações e alega que ele sempre esteve à disposição da Justiça.

Suspeitas de corrupção foram alvo ainda da 55ª fase da Lava Jato, que levou 18 pessoas para a prisão – todas soltas por determinação do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal. Entre elas estava José Richa Filho, irmão de Beto. A suspeita é de que agentes públicos receberam propina de empresas de pedágio.

O Superior Tribunal de Justiça, no entanto, tirou o caso do juiz Sérgio Moro. O processo foi redistribuído para a 23ª Vara Federal de Curitiba.

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