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Apoio (ou não) a Bolsonaro fica no centro da campanha dos candidatos pelo governo de SP

O primeiro dia de campanha dos dois candidatos que disputarão o segundo turno das eleições para o governo do estado de São Paulo foi marcado por declarações de apoio ou não a Jair Bolsonaro (PSL) na corrida pela Presidência da República contra Fernando Haddad (PT).

Candidato pelo PSDB, João Doria, que já estava colando a sua imagem à do ex-capitão do Exército e enfatizando seu discurso anti-PT, reafirmou ontem – em entrevista à rádio Bandeirantes e depois em coletiva a jornalistas – que apoiará Bolsonaro independentemente da posição do partido.

Ainda assim, Doria ressaltou que tem diferenças com o presidenciável, sobretudo nas questões que envolvem as mulheres, mas se disse alinhado com a política econômica liberal.
“Não sou igual ao Bolsonaro e não apoio integralmente as posições dele. Votarei em Jair Bolsonaro, contra o PT, a esquerda, Haddad e Lula. Mas não endosso tudo.”

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Doria afirmou que o PSDB precisa fazer uma reavaliação sobre o seu papel e chamou o adversário, Márcio França (PSB), de representante da “velha política”.

Neutralidade
Governador e candidato à reeleição, França afirmou ontem que prefere a neutralidade no plano federal, e deseja que o seu partido decida o mesmo na reunião hoje em que deverá determinar sua posição no segundo turno entre Bolsonaro e Haddad. Se a sigla optar por um dos dois, França disse que se manterá neutro.

O governador – que almoçou ontem com servidores no “bandejão” do Palácio dos Bandeirantes e depois foi à Baixada Santista – criticou o oponente ao dizer que a rejeição é um fator importante nas disputas de segundo turno.

“O Doria fala tudo ensaiado. Ele vai se dar mal porque ninguém aguenta nada tão falso e mecânico.”

Nas urnas
Doria alcançou o primeiro lugar na eleição anteontem com 31,7% dos votos válidos (6,4 milhões) contra os 21,5% (4,3 milhões) de França, com 100% das urnas apuradas. O governador ficou apenas 89 mil votos à frente de Paulo Skaf (MDB), terceiro colocado.

Paulo Skaf é cortejado
Escolhido por 4,2 milhões de paulistas, Paulo Skaf (MDB) foi citado ontem pelos dois candidatos que vão ao 2º turno. Doria afirmou que vai convencer os eleitores de Skaf com suas propostas enquanto França o chamou de amigo e disse esperar pelo seu apoio. Skaf reassumiu ontem a presidência da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo) e ainda não manifestou de que lado estará na etapa final destas eleições.

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