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Eleições 2018: Imprensa internacional destaca ‘ampla vantagem’ de Bolsonaro no 2º turno

A imprensa internacional acompanha os resultados do primeiro turno no Brasil e registra a «contundente vitória» de Jair Bolsonaro (PSL) no primeiro turno, nas palavras do jornal argentino La Nación. Outro diário do país vizinho, o Clarín afirma em título que Bolsonaro «arrasa» e entra com «vantagem ampla» na disputa de segundo turno contra Fernando Haddad (PT). O britânico Financial Times, por sua vez, afirma que «a eleição do candidato de extrema-direita significaria uma mudança decisiva no maior país da América Latina».

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O jornal The New York Times informa que a eleição foi ao segundo turno, com «o candidato de extrema-direita muito perto de uma vitória direta». Segundo o diário americano, o descontentamento com a corrupção e a violência teve um peso forte, diante das promessas de Bolsonaro de «mão de ferro» na política. O NYT diz ainda que o candidato representa uma ruptura com o establishment político, por ficar em primeiro lugar mesmo com um histórico de «declarações ofensivas».

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O Wall Street Journal, por sua vez, diz que Bolsonaro atraiu votos de eleitores que buscavam «a opção menos pior». Outro diário americano, The Washington Post afirma que o resultado representa «um choque» para os brasileiros, em uma campanha que «dividiu a maior nação da América Latina em linhas de gênero e raciais».

Na França, Le Monde informa que haverá segundo turno, mas diz que ainda existe incerteza sobre quem pode vencer. Segundo Le Figaro, Bolsonaro é um candidato «populista da extrema direita», que obteve votos de brasileiros «exasperados pela corrupção e a violência». Para esse jornal, o candidato do PSL é um «nostálgico da ditadura», que se apresenta como «salvador da pátria».

No Reino Unido, The Guardian destaca que haverá segundo turno e aponta em análise que apenas uma grande coalizão poderia provocar uma reviravolta favorável a Haddad. Na Espanha, El País aponta o «claro triunfo» de Bolsonaro e diz que os evangélicos brasileiros «se convertem à ultradireita». Em análise, o diário afirma ainda que «a democracia recua» no País.

Na Colômbia, o jornal El Tiempo cita a vitória de Bolsonaro, mas também o fato de que ele não conseguiu evitar uma nova disputa nas urnas. O diário registra a força dos evangélicos na campanha do capitão reformado do Exército. No Chile, El Mercurio diz que Bolsonaro conseguiu «canalizar o mal-estar pela corrupção e a violência» e sai com 17 pontos de vantagem na reta final. Outro diário chileno, La Tercera avalia que os casos de corrupção e os votos contra o PT tiveram papel crucial na disputa. Em um de seus títulos, o mesmo jornal diz que o «Trump do Brasil», referência ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conseguiu mexer no tabuleiro político do País, além de destacar a derrota da candidatura da ex-presidente Dilma Rousseff ao Senado, em Minas Gerais.

No México, El Universal dá menos destaque à notícia, mas registra que Bolsonaro e Haddad vão ao segundo turno. Outro jornal mexicano, Reforma afirma que a eleição é uma das disputas mais duras da história brasileira.

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