O candidato Jair Bolsonaro (PSL) afirmou nesta segunda-feira (8), em entrevista exclusiva à Rádio Bandeirantes, que o segundo turno contra Fernando Haddad (PT) será uma disputa do “bem contra o mal”.
“O resultado foi excelente, projetaram um segundo turno entre nós, o novo, e eles, o velho, que é a continuidade da corrupção, do desprezo com a família e com a educação”, declarou sobre sua colocação no primeiro turno, realizado neste último domingo (7). De acordo com ele, uma eventual vitória do PT representaria o fim da Operação Lava Jato e a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Embora se coloque como o lado “do bem” no segundo turno, se for eleito, Bolsonaro promete fazer um governo de união. Para o candidato do PSL à Presidência da República, quando estava no Planalto, o PT adotou políticas que dividiram o país.
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Na entrevista à RB, Jair Bolsonaro disse ainda que não terá um contato tão próximo com os eleitores no 2º turno. Ele explicou que as duas cirurgias a que foi submetido depois da facada em Juiz de Fora ainda limitam a exposição física. Com relação aos debates, o candidato afirmou que pretende participar, mas espera a liberação dos médicos.
Com mais de 49 milhões de votos no primeiro turno, Bolsonaro diz já ter ao lado dele 51 deputados federais eleitos neste domingo, 7.
Se ganhar o segundo turno, Bolsonaro espera contar com esse apoio para aprovar mudanças como a redução da maioridade penal: “16, 17 anos cometeu crime, vai pagar esse crime como se adulto fosse”, afirmou.
Jair Bolsonaro admite ter pedido uma postura mais cuidadosa a Paulo Guedes e ao general Hamilton Mourão. “Conversei com eles ontem e o que acontece é que eles não tem tato para conversar com a imprensa. Mourão e Paulo Guedes não têm esse devido tato», falou. O assessor econômico e o candidato a vice foram orientados a evitar declarações que possam prejudicar a campanha.
Eleito presidente, Jair Bolsonaro disse que vai trabalhar pela recuperação da credibilidade do Brasil no cenário externo.
Outra medida que o candidato do PSL anunciou na entrevista à RB foi a redução drástica do número de ministérios.
Comprometimento com a democracia
Sobre uma entrevista em que aparece dizendo que «fecharia o Congresso», Bolsonaro afirmou que, de fato, falou a frase, mas que “evoluiu”.
“Foi uma indignação momentânea. O que não pode é, em cima de uma declaração do momento, achar que aquilo vai marcar a toda a vida da pessoa”, declarou. “Quem não muda de opinião? Quem não busca acertar no futuro? Indignação minha, falei sim há 20 poucos anos atrás. Hoje em dia, se o parlamento tiver um líder e um presidente que governo pelo exemplo, ele vai produzir aquilo para o qual se dispôs”.