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Polícia descobre túnel para resgatar membros do PCC

A polícia paraguaia descobriu um túnel na última terça-feira (2) para resgatar integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) de uma prisão no país. Quatro homens foram presos pela ação, sendo um deles brasileiro.

O plano era resgatar pelo túnel pelo menos 80 integrantes do PCC do presídio de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, cidade que fica na fronteira com Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul. A estrutura foi montada dentro de uma casa que fica a 200 metros da cadeia. O túnel tem 14 metros de profundidade e espaço o suficiente para pessoas passarem em pé, andando.

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Um repórter da TV Telefuturo, do Paraguai, entrou no caminho que seria usado para fuga dos bandidos do presídio. «[O túnel] é bem grande. A terra de escavação é retirada em sacos. Aqui trabalhavam as pessoas que foram presas, aguardando para que o trabalho finalize com a fuga de aproximadamente 80 membros do PCC», explicou.

O setor de inteligência da polícia paraguaia descobriu o plano no final das escavações. Dentro do túnel, quatro pessoas que trabalhavam na estruturam foram presas. «Existem outras situações, outras informações que nos chegam de todo o país. Estamos trabalhando e em pouco tempo teremos outros resultados relacionados a isso», disse o chefe de Investigações do Departamento de Amambay, Gérman Arévalo.

A região de Pedro Juan Caballero, cidade de 100 mil habitantes, é conhecida como rota do tráfico de armas e drogas. Há dois anos, o empresário e chefe do crime organizado da região, Jorge Rafaat, foi executado pelo PCC. A facção tentava avançar na fronteira paraguaia, a fim de ampliar a rota do tráfico e usar o país vizinho como entreposto de armas e drogas, que teria o Brasil como destino final. Com a morte de Rafaat, o PCC teria destravado o caminho para dominar o narcotráfico.

Os paraguaios presos durante a escavação do túnel disseram que foram contratados pelo brasileiro para permitir a fuga dos integrantes do PCC que estavam detidos no presídio do país vizinho. «Gente do PCC, réus comuns, o que se produz é recrutamento. E isso todos nós sabemos. Então precisamos de um presídio novo com capacidade de produzir o isolamento», afirma Arévalo.

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