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Pedestres rejeitam passarela no paço de São Bernardo por insegurança

Estudantes atravessam fora da passarela na praça Samuel Sabatini Alessandro Valle/Abcdigipress

Não é difícil ver grupos apressados de jovens atravessando as movimentadas vias do entorno da praça Samuel Sabatini, no Centro, em São Bernardo. A presença de passarelas na região é ignorada pelo público intenso de estudantes do Senai e Etec Lauro Gomes, lojistas e frequentadores do Shopping Metrópole, trabalhadores do entorno e moradores que precisam utilizar os prédios da prefeitura e Câmara. As avenidas largas e com fluxo intenso de veículos que querem acessar Santo André ou seguir pela via Anchieta parecem assustar menos os pedestres que os constantes relatos de assaltos nas passarelas.

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“Não passo por lá porque tem sempre roubo. Uns meninos levaram o celular da minha amiga outro dia. Prefiro passar por baixo mesmo”, diz a atendente Aline Melo, 24 anos.

“Já precisei ‘sair na mão’ com uns garotos que queriam minhas coisas quando atravessei a noite pela passarela. Não gosto de passar pela estrutura”, conta o lojista Emerson Oliveira, 28 anos.

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Para tentar mudar a imagem de insegura das passarelas, a Prefeitura de São Bernardo iniciou ações específicas voltadas aos pedestres.

Passarela próxima à Praça Samuel Sabatini, em São Bernardo

“Queremos mostrar para as pessoas que as passarelas são monitoradas continuamente. Temos sistema de câmeras controlado pela GCM (Guarda Civil Municipal) que as monitoram 24 horas por dia. Qualquer atitude suspeita é acompanhada e as viaturas vão até o local na mesma hora”, diz o secretário de Transportes e Vias Públicas, Delson José Amador.

A secretaria criou cartazes informando sobre a existência das câmeras. O material foi distribuído no Senai e na Etec. Os estudantes foram convidados também a conhecer a Central Integrada de Monitoramento, onde as imagens flagradas pelas câmeras são acompanhadas.

Para o secretário, o comodismo é outro fator que faz com que os pedestres ignorem as passarelas. “Muita gente tem preguiça de subir a estrutura e fazer um caminho um pouco mais demorado. Preferem correr o risco de serem atropelados.” A prefeitura não tem dados sobre acidentes na região.

De acordo com informações do Infosiga (Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito de São Paulo), gerenciado pelo governo do estado, um idoso morreu ao tentar atravessar a praça Samuel Sabatini no trecho próximo ao Teatro Cacilda Becker, a poucos metros da passarela do local, no ano passado.

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